Dirigido pelo franco-tunisiano Abdellatif Kechiche, “Azul é a Cor Mais Quente” é um longa que vem fazendo a cabeça de milhares de garotas pelo Brasil. Como no filme, onde uma das personagens tem cabelo azul, várias meninas estão pintando suas madeixas da mesma cor para se “reconhecerem” em meio a multidão de jovens gays.

Na história, Léa Seydoux faz o papel de uma artista que possuiu o cabelo azul e se apaixona por uma estudante. Cenas de sexo explícito de até dez minutos aparecerem no filme, e apesar de ter entrado em cartaz há cinco meses, como já saiu do circuito e está disponível na internet, a moda está ficando cada vez mais forte.

Campo Grande, é claro, não foge à regra. “Vi umas amigas comentando, daí baixei o filme e fiquei louca”, explica a adolescente homossexual de 16 anos que não quis se identificar. Segundo ela, a tintura serve até para reconhecer uma possível parceira. “Se eu estou no parque e encontro uma menina de cabelo azul, já fico flagrando ela. Geralmente dá certo”, complementa.

(Imagem: Reprodução/Internet)

Ainda de acordo com a jovem, das sete amigas que se relacionam com garotas, três estão com o cabelo pintado dessa cor, e as formas para tingir a cabeleira são as mais variadas. “Elas usaram papel crepom e até azul de metileno. Um frasco custa menos de R$ 10,00 na farmácia, o crepom menos ainda. Mas eu pintei com tinta mesmo.”

Como o filme ficou pouco tempo em cartaz nos cinemas e encontra dificuldade para ser lançado em blu-ray no Brasil por conta de conteúdo, o “código” de paquera é conhecido só pelas mais alternativas e descoladas, diferente da grande massa que ainda não sabe da prática. “Para mim é de boa porque minha família não desconfia, só vão saber se passar na Globo”, afirma a estudante.

(Imagem: Reprodução/Internet)

APLICATIVO DE PAQUERA SÓ PARA LÉSBICAS

Falando em paquera gay, no caso das meninas, um aplicativo vem fazendo sucesso por facilitar o reconhecimento de outras garotas “disponíveis no mercado”, assim como o cabelo azul. O Dattch, lançado neste mês de maio, é semelhante ao Tinder, porém, voltado ao público feminino que procura relacionamento com outras meninas.

Porém, sua abordagem é um pouco mais profunda do que a dos app famosos, já que não está baseado apenas na atração física, e sim no reconhecimento de garotas que se interessam pelos mesmos filmes, músicas, livros e compartilham os mesmos gostos no geral. A forma de contato, como nos outros aplicativos, é uma janela de conversa que se abre quando duas usuárias dão “match”.

(Imagem: Reprodução/Internet)

A garantia que apenas mulheres participam da plataforma é a solicitação de login pelo Facebook. Por enquanto o app está disponível na Apple Store dos Estados Unidos, mas a tendência é se expandir pelo mundo. Os criadores ressaltam que ele vai chegar ao Brasil só depois de receber pelo menos 2 mil pedidos. Fácil, não?