O rottweiler Victor, de 13 anos, que atuou junto com policiais da Derf (Delegacia Especializada de Roubos e Furtos), morreu na manhã desta quarta-feira (11), em Campo Grande.

Nos últimos meses, a carreira de cão policial parou para tratamento de um tumor na coluna. Foram feitas campanhas e vaquinhas, além de divulgação em sites de notícias da Capital, no entanto, Victor não resistiu.

O delegado titular da DERF, Reginaldo Salomão, explica que o cão chegou à unidade praticamente filhote, trazido pelo ex-titular da delegacia, Roberval Maurício Cardoso. 

“Victor foi aprendendo a ser um cão policial. Pelos corredores trabalhava como um guardião, sempre de olho em quem não era da delegacia se aproximando. Hoje, o sentimento aqui é de tristeza, todo mundo tratava ele muito bem, a gente sente a perda de um colega nosso”.

Ainda segundo Salomão, Victor tinha autoridade e sempre se impunha impedindo aproximação de quem não tinha autorização. Mesmo imponente, ele nunca atacou ninguém.

Agora, segundo Salomão, a ideia é enterrar o companheiro na própria Derf. "Estou buscando na Legislação para ver se não vai ter problema enterrar ele aqui, para ele ficar com a gente, mas acredito que dê certo". 

Tratamento de tumor e depressão 

Victor fez todo o tratamento possível para ser curado. “Todo o tratamento que a gente pode dispensar, ele teve. Só que ficou uma dívida gigante, o problema é que ele perdeu o movimento das patas traseiras e deprimiu”.

Como era um cão ativo, o delegado acredita que a aposentadoria forçada e tratamento do tumor tenham influenciado para que Victor ficasse depressivo. “Ele era muito ativo, foi ficando triste, tivemos dificuldade na alimentação dele. Uma empresa fez a doação, aí uma ONG levou ele para lá, para receber essa alimentação, só que ele parou de aceitar e hoje morreu”.

“Acho que ele não se adequou a essa nova condição e perdeu a vontade de viver”, finalizou o delegado.