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há 4 anos

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Profissão passada de pai pra filho, catadores de reciclagem transformam lixo em renda na Capital

Ofício de família, eles defendem que não se imaginam fazendo outra coisa

Com o aumento populacional, houve também um aumento e tanto na produção de lixo, dados da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), de 2008, mostram que cerca de 50% das cidades do país possuem lixões.

Em contrapartida, precisamos estar cada vez mais ligados e conscientes da importância dos profissionais que atuam na retirada desses resíduos das ruas, entre eles, os catadores de recicláveis.

Em Campo Grande, no bairro Dom Antônio e Parque do Sul, região sul, a concentração desses profissionais é grande, sendo muitas vezes um ofício de família. Márcio de Lima, 43 anos, trabalha dessa forma há 20 anos. Ele conta que essa é a única fonte de renda da família, que possui quatro integrantes.

“Dá pra tirar um salário e meio. Sempre sustentei minha família dessa forma e meus filhos trabalham com isso, comecei a trabalhar com reciclagem lá no lixão, e na época eu gostei e hoje não largo mais. Trabalho todos os dias, passo recolhendo nos condomínios, ai eu vendo para o pessoal que prensa e passa para usina, trabalho com plástico e papelão”, destaca.

Segundo ele, nunca sofreu nenhum tipo de discriminação ou preconceito, sendo que as pessoas sempre o tratam com educação.

“Povo é bem educado, às vezes tem uns cachaceiros, igual estava lá no centro catando reciclagem e o cara passou e falou, ‘oh, lixeiro’, mas o povo é bem parceiro”, defende.

A ideia agora é criar e investir e vassouras recicláveis feitas de pet, segundo ele, o investimento para começar o negócio é em média R$ 2 mil.

“Pretendo colocar em prática ano que vem, preciso arrumar umas máquinas, o material eu arrumo, é só organizar”.

Assim como Márcio, Lucas Rezende, 24 anos, defende que ‘nasceu assim’, sendo esta profissão a única coisa que sabe fazer.

“A gente nasceu assim, sempre mexendo com reciclagem, meu pai ganhou a vida com reciclagem, nós tínhamos uma vida muito dificultosa, a gente não tinha nada. Começamos de carroça, hoje nós já temos alguns caminhões para trabalhar, conseguimos comprar umas prensa, está difícil, mas devagarzinho a gente vai andando. A gente não sabe fazer outras coisas”, pondera.

Com o dinheiro da reciclagem, a família de Lucas conseguiu conquistar casa própria, sobrado, carros e até o espaço onde a empresa funciona.

“A gente sempre vai se virando, trabalhando, às vezes atrasa prestação, corre paga uma, deixa  a outra. Aqui empregamos 12 pessoas, que atuam de segunda a sexta, compramos o material dos carrinheiros, prensamos e mandamos pra usina”, pontua.

Sobre os critérios de contratação, Lucas defende que é preciso boa vontade, disposição para o trabalho e estar desempregado.

“O critério para ser contratado é estar desempregado e precisando de serviço, precisou aqui tem, se tiver vontade a gente emprega”, finaliza.

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