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20/10/2019 13:30

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Paixão pelo esporte e desafios do trânsito unem ciclistas em Campo Grande

Modalidade está se popularizando na cidade; conheça algumas histórias e as principais dificuldades

Em tempos de correria, deixar o sedentarismo de lado nem sempre é fácil, porém, a partir do momento que é feita a escolha de uma atividade física, dificilmente vai ser possível deixar de praticá-la. Em Campo Grande, muitas pessoas estão aderindo ao ciclismo.

Essa atividade, além de proporcionar um maior contato com a natureza, também traz benefícios à saúde, como a perda de peso, redução dos índices de colesterol e uma melhora da respiração.

A bibliotecária Rosilene de Melo Oliveira, 42 anos, tem o ciclismo no sangue. Aprendeu ainda pequena, com o avô, em uma monarca. Atualmente, ela é atleta de Mountain bike, também conhecido como ciclismo de aventura.

“Meu avô pedalou até os 96 anos, eu pedalava com ele, comecei como esporte em 2013. Meu avô furava poço, fazia alguns serviços na cidade toda com bicicleta, aprendi na dele, uma monarca. Depois ganhei uma monarquinha, dividia com meus irmãos”, comenta.

Já o representante comercial Guilherme Mugarte, de 29 anos, começou na modalidade há dois anos. Inicialmente, segundo ele, apenas como diversão.

“No início estava apenas à procura de um hobby, uma atividade para inserir no meu dia a dia que não fosse academia, musculação, mas logo o ciclismo tomou conta. A disposição, o benefício à saúde e o novo círculo de amizades que o esporte me proporcionou me fizeram eu me apaixonar pela bike”, comenta.

Com a mesma motivação que Guilherme, o gerente administrativo Rodrigo Ramalho Lomba, de 30 anos, começou a praticar o ciclismo para deixar o sedentarismo, em fevereiro de 2019.

“Motivação foi que eu estava parado sem fazer nada, tinha bicicleta e comecei andar. Fui pegando gosto, fui gostando, fui praticando mais vezes. Agora até participo de Grupo de Ciclistas Pedal lagoa, com mais de 200 ciclistas. Participo uma vez por semana,  ando de 40 a 50 quilômetros”.

Antes sedentário, Rodrigo conta que agora usa a bicicleta até para ir ao trabalho. “Quase todos os dias vou e volto de bicicleta, dá cerca de 11 quilômetros por dia”, destaca.

Trânsito complicado

Em comum? Além do amor pelo ciclismo, eles precisam lidar com as dificuldades e obstáculos encontrados nas vias da cidade. 

Para a bibliotecária Rosilene, o maior desafio está nos cruzamentos. “Trabalho agora é esporádico. A maior dificuldade é cruzamento, quando os motoristas vão atravessar em questão de semáforo, eles só olham o fluxo de carros. E o ciclista vem dos dois lados... Já quase sofri acidente, já vi amigos sofrerem acidente e morrerem por causa disso”, destaca.

Guilherme concorda com a colega. Segundo ele, muitos ciclistas deixam de andar na cidade por falta de estrutura e respeito por parte dos motoristas.

“Sempre senti dificuldade, principalmente em locais que não há ciclofaixa nem ciclovias. Às vezes preferimos carregar a bike no carro até o ponto de encontro do que sair pedalando de casa, é mais seguro. No trânsito, há todo tipo de pessoas, há sim quem respeite, mas na maioria do tempo ainda temos nosso espaço e direitos suprimidos ao trafegar pela cidade. Atenção deve ser redobrada”, diz.

Respeito

Em comum acordo, eles reforçam que apesar de hoje as pessoas estarem respeitando mais, é preciso que isso seja constante. “Como virou modinha, muitas pessoas estão aderindo, até está tendo certo respeito, as pessoas olham e acham bacana, de quando comecei pra hoje, melhorou bastante”, garante Rosilene.

Usando diariamente como meio de transporte até o trabalho, Rodrigo garante que as pessoas estão mais conscientes. “Respeito é uma coisa que é importante, tenho visto que tem crescido, o poder público tem olhado o ciclista com bons olhos, instalando ciclovias. Nós, como ciclistas, também estamos fazendo nossa parte”.

Guilherme finaliza dizendo que é preciso mais fiscalização e empatia. “Além de infraestrutura, como ciclofaixas e ciclovias, mais conscientização e fiscalização para quem desrespeita as leis. Hoje as pessoas andam muito apressadas e estressadas. É preciso entender que ali há uma vida, seja indo ao trabalho, buscando o filho na escola, à lazer ou até mesmo um atleta em treinamento".

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