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Dia dos Professores

15/10/2020 09:30

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Com 22 anos na área da educação, Ana Maria sente amor e pressão das salas de aula

"Sempre fui da área, sempre gostei e faço meu trabalho com amor e muito carinho, apesar de ser enlouquecida”, disse ao TopMídiaNews

A arte de ensinar não é fácil, é preciso didática, paciência e amor. E, para homenagear os professores nesta data, o TopMídiaNews abriu espaço para contar a história de Ana Maria Biasin Capelari, 48 anos.

Com 22 anos na educação, Ana Maria escolheu a área de ciências biológicas, ou biologia, popularmente conhecida. Com um jeito diferente e doido de ensinar, posso dizer com propriedade, considerando que já fui sua aluna, Ana é aquela profissional difícil de esquecer.

Porém, antes de se entregar totalmente as salas de aula, ela teve experiência na área da saúde. “Fiz o magistério e cheguei a fazer um ano de farmácia, porque meu pai quis, só que não teve jeito, voltei para biologia. Sempre fui da área, sempre gostei e faço meu trabalho com amor e muito carinho, apesar de ser enlouquecida”, diz.

Atualmente, a professora tem 16 turmas, sendo cada uma com uma média de 35 a 42 anos. “560 alunos que passam pela minha mão durante o ano. Alguns lembro o rosto e não o nome, alguns vem me abraçam, me beijam, alguns estão até no pós-doutorado. Encontrei uma aluna no shopping faz uns dias, está na Europa estudando, fiquei contente”.

Entre os desafios da profissão, segundo Ana, a cobrança e pressão excessiva. “É o maior desafio, devido à depressão, ando esquecendo alguns conteúdos, aí tem época que preciso dar uma pausa”.

Além disso, ela pontua sobre o comportamento dos jovens hoje em dia. “É difícil também lidar com a educação desses adolescentes, muitos não tem respeito pelo próximo, pelo colega, pelo professor, alguns são abandonados, tenho convívio com várias categorias de aluno, alguns são dependentes químicos, alcoólatras, enfim, são vários problemas que temos todos dos dias”, desabafa.

Com o advento da internet, a educação, na visão de Ana, ficou mais didática e possível de ensinar com mais clareza, contudo, na era da pandemia, os profissionais acabaram trabalhando duas, três vezes mais.

“Com a pandemia nosso trabalho triplicou, a gente precisa fazer provas, aulas online, precisamos montar as apostilas. Esse ano letivo, para o aprendizado, foi retrocesso, mas faz parte, é melhor ter retrocesso do que muitas mortes, muitas contaminações entre outros”, explica.

Vencendo uma batalha por dia, a professora finaliza dizendo que seu maior desejo é que a classe seja valorizada como merece.

“Meu maior desejo é um salário digno para a classe, pois nosso salário não é tão bom, não temos plano de cargos e carreira, precisamos ser reconhecidos profissionalmente”.

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