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há 2 meses

Comunidade Tia Eva terá sessão de cinema na rua pelo projeto Olubayô

Esta é a 9ª sessão do projeto que circulou por comunidades quilombolas de MS

Após percorrer o estado levando arte, ancestralidade e reflexão, o projeto Olubayô – Cinema nas Comunidades Quilombolas chega à sua última sessão neste sábado (12), na Comunidade Tia Eva, em Campo Grande. A exibição acontecerá na rua Eva Maria de Jesus, nas proximidades do galpão da comunidade, onde tanto moradores quanto visitantes poderão assistir, de forma gratuita, aos cinco filmes escolhidos pelo projeto, a partir das 19h. 

Mais do que uma simples exibição cinematográfica, será uma noite de celebração das histórias negras, narradas por aqueles que as vivenciam. O evento também contará com uma apresentação musical.

O projeto, idealizado pela professora Bartolina Ramalho Catanante, conhecida como professora Bartô, percorreu nove comunidades quilombolas de Mato Grosso do Sul ao longo de fevereiro, março e abril. 

De Bonito a Dourados, passando por Terenos, Nioaque, Aquidauana, Jaraguari e Campo Grande, o cinema foi plantado como semente em cada território: uma tela, cadeiras, pipoca e a vontade de se ver na telona.

“O Olubayô cumpriu seu papel: levar cultura, ancestralidade e beleza para onde tantas vezes a arte não chega. As sessões foram emocionantes, com crianças, jovens e anciãos se reconhecendo nas imagens. 

Encerrarmos esse ciclo na Tia Eva, um dos quilombos urbanos mais simbólicos do nosso estado, é mais que especial. O cinema na rua é também um ato político, de ocupação e pertencimento”, afirma Bartô.

Serão exibidos os cinco filmes: Fábula da Vó Ita, de Joyce Prado; Bonita, de Mariana França; Luzes Debaixo, de Tero Queiroz; Águas, de Raylson Chaves; e Jardim de Pedra – Vida e Morte de Glauce Rocha, de Daphyne Schiffer. Obras que falam de memória, identidade, resistência e beleza – todas dirigidas por cineastas negros, numa potente afirmação de lugar e voz.

Joyce Prado, diretora de Fábula da Vó Ita, destaca a dimensão afetiva do projeto: “Saber que meu filme está sendo visto por crianças quilombolas, que se veem na tela, que podem imaginar outros futuros, é uma emoção indescritível. O Olubayô é essa ponte entre o imaginário e o cotidiano, entre a ancestralidade e o agora. É sobre dizer: nossas histórias importam, e muito”.

Com exibições ao ar livre e gratuitas, o Olubayô reafirma que a arte é um direito. Nas noites de cinema, comunidades se reuniram para rir, chorar, pensar e trocar. Foram tardes e noites onde a projeção não era só de imagens, mas de futuros. E neste sábado, a Comunidade Tia Eva, com sua história centenária de resistência e memória, encerra essa jornada com a potência que só um quilombo pode ter.

O projeto Olubayô é realizado com recursos da Lei Paulo Gustavo, do MinC (Ministério da Cultura), através do edital de audiovisual do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, por meio da FCMS (Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul), e integra as comemorações dos 40 anos do Grupo TEZ (Trabalho e Estudos Zumbi), entidade histórica do movimento negro em Mato Grosso do Sul.

Serviço

A última sessão do projeto Olubayô - Cinema nas Comunidades Quilombolas - será realizada no sábado (12), a partir das 19h, na Comunidade Tia Eva, localizada no Jardim Seminário. 

O evento será realizado na rua Eva Maria de Jesus, próximo ao galpão da comunidade, e é uma oportunidade para os moradores e visitantes assistirem gratuitamente aos filmes selecionados pelo projeto. 

A entrada é totalmente gratuita e, além da exibição cinematográfica, o público poderá também aproveitar uma apresentação musical durante a noite.

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