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21/08/2016 08:40

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De Portugal, enóloga traz o universo do vinho para Campo Grande

Inês Carrão quer dividir seu conhecimento sobre uma das bebidas mais antigas do mundo

Recém chegada em Campo Grande, a enóloga portuguesa Inês Carrão já percebeu que a visão que o brasileiro tem sobre o vinho é diferente da que se vê no continente europeu. A especialista realiza consultoria, formação e palestras relacionadas a esse universo, a leigos e admiradores da cultura desta bebida, e inicia residência agora em Mato Grosso do Sul.

Convidada pelo Território do Vinho, Inês vem agregar conhecimento não só a funcionários do local, mas para quem quiser saber mais sobre diversos aspectos de produção e degustação. Formada em engenharia biotecnológica, com especialização em segurança alimenta e microbiologia, ela é mestre em viticultura e enologia, e sabe identificar quais os principais elementos que tornam um vinho excelente – ou dispensável.

Ela conta que desde a infância sempre teve contato com ‘o mundo das uvas’ e que ter a bebida em casa nunca foi questão de ter ou não dinheiro, já que em Portugal e outros países da Europa existe outra cultura a respeito. “Nós temos uma cultura enraizada. Meu tio e avô produziam vinho, pisavam nas uvas, ao estilo familiar tradicional”, conta, apontando para a cicatriz que tem na mão, adquirida aos seis anos de idade enquanto colhia a fruta na parreira.

Inês defende que a bebida é democrática, cabe em todos os gostos e bolsos, apesar das altas taxas de imposto cobradas no Brasil pela sua importação. “Não interessa muito, na verdade, só o tipo de uva utilizada e muito menos a marca, já que o preço não tem a ver com a qualidade. Além disso, vinho não estraga, porque no máximo vira vinagre, mas ganha defeitos com o passar do tempo”, diz.

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Foto: André de Abreu

A enóloga pontua que o vinho é versátil, cabendo em vários momentos, como jantares. Apesar disso, uma boa dose da bebida em restaurantes ainda custa, geralmente, bem mais do que a uma cerveja comum, por exemplo, trazendo um senso para o brasileiro – que bebe pouco mais de dois litros ao ano de vinho, uma média muito baixa comparada aos nossos países vizinhos – de que é um elemento de nicho. 

Ainda que haja produção nacional, esses números mostram que o pensamento precisa mudar, como aponta a profissional, que está disposta a contribuir para isso. “Geralmente, as dúvidas que chegam a mim são em relação a como degustar os tipos diferentes da bebida, coisas básicas, apesar de eu ter conhecido quem já tenha uma boa noção sobre. Quero mostrar que o vinho tem seu momento de ‘ritual’, mas que pode fazer parte da rotina do campo-grandense”, finaliza.

Território do Vinho

O Território do Vinho nasceu há seis anos da vontade de mudar o paradigma do vinho como bebida para conhecedores. Depois de estudar enologia e trabalhar na região de Napa Valley, na Califórnia, o proprietário do local, Diogo Wendling descobriu que, entre as inúmeras qualidades, o vinho é uma bebida absolutamente democrática, para ser degustada sem frescuras ou formalidades, por todas as pessoas. "Vinho bom é aquele que a gente gosta. E ponto", é o lema do local.

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