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13/01/2014 06:00

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Ele soube do câncer cedo, lutou, venceu e hoje se vê como criança

Batalha aos 23 anos

“Depois do câncer eu zerei a minha vida. Sendo assim, tenho 1 ano e 7 meses de idade.” É o que diz Vinícius Nunes sobre a doença que apareceu, na época com 23 anos, e o obrigou a iniciar uma longa e sofrida batalha, que conseguiu vencer com muito entusiasmo e otimismo.


Ele descobriu o tumor enquanto tomava banho e notou que um dos seus testículos estava inchado. Rapidamente procurou um médico e começou a fazer os exames necessários. Era um câncer testicular. A doença já havia avançado e estava perto dos rins, e por conta disso teve que fazer quimioterapia. “Você precisa ser mais forte do que ele, se não ele derruba.”


Muito importante foi o apoio que encontrou na família, nos amigos e principalmente nos pequenos detalhes, que as vezes passam despercebidos na vida de qualquer um. Ele começou a ler mais, ouvir mais músicas e viver cada dia com muita intensidade.


“Depois das seções de quimioterapia eu passava horas ouvindo as minhas músicas favoritas. Isso todos os dias, me ajudou muito”, comenta Vinícius, que também se aproximou bastante da mãe durante o tratamento e hoje é sua melhor amiga e companheira.


As fases do tratamento de Vincíus, do começo - careca - ao fim. Foto Arquivo pessoal


O campo-grandense ressalta que apesar de ainda ter outras batalhas para vencer, como a ansiedade, acredita que é um vitorioso. “Quando olho para trás e vejo que enfrentei um câncer, simplesmente fico feliz por mim mesmo.”


Segundo o Ministério da Saúde, a doença atinge mais de 8 mil homens e mata 350 por ano no Brasil. Esse tipo de tumor ocorre com mais frequência em jovens, com idade entre 20 e 40 anos, diferente do câncer de próstata. E, apesar de agressivo, possui um índice de mortalidade baixo.


“As minhas chances de cura eram de 80%, e com o meu otimismo o meu médico disse que poderia aumentar para 100%. E assim aconteceu. Eu elevei os índices de cura e hoje estou aqui.”


Agora ele precisa cuidar dos nódulos que ficaram no organismo e, se aumentarem, deverão ser retirados através de cirurgia, apesar da chance disso acontecer ser remota. No final ele reconhece que sua determinação foi o principal. “Eu jamais pensei em desistir. Pensava na possibilidade de morrer, mas eu morreria tentando”, finaliza.


O campo-grandense posa ao lado dos enfermeiros que se tornaram amigos durante o tramento. Foto: Arquivo pessoal


E para quem está passando pelos mesmos problemas, Vinícius deixa um recado:


Digo para não desistir jamais. Busque fazer as coisas que te dão prazer. Se você quiser dormir, durma. Se quiser brincar, brinque. Se quiser passar horas na frente da TV, passe. Faça tudo o que gosta e não abandone o tratamento jamais. Faça amizades, especialmente com os enfermeiros porque eles vão te contar histórias incríveis. Converse com todos no hospital e você verá que existe problemas piores do que eu seu. Coloque na cabeça que um dia você poderá voltar lá e dizer para eles que teve um câncer e venceu. Você será inspiração para todos à sua volta. A felicidade será sentida sempre, sempre, sempre. Vale muito a pena continuar. Continue, vença porque existem muitos lutando como você, e você poderá ajudar muitas pessoas que enfrentam a mesma situação. É como se uma luz começasse a brilhar dentro de ti. Você pode fazer esta luz brilhar a partir do momento em que você começa uma seção de quimioterapia. Veja aquele medicamento, como uma dose de vida que você estará tomando. Eu pensava assim, tomei minhas doses de vida e estou aqui.

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