Descritos como objetos brilhantes, velozes ou com as formas mais diversas. Não são poucos os que garantem já ter visto os popularmente conhecidos como ‘discos voadores’. Há quem pense que os relatos não passam de causos da modernidade, mas tais aparições são tão levadas a sério que diversas pessoas se organizam mundo a fora em torno de investigar os objetos pressuposto como não terrestres. O dia 24 de Junho é dedicado a este OVNI (Objeto Voador Não Identificado) e, para quem não sabe, Campo Grande marcou a história da Ufologia, ciência que estuda tais objetos, como o local onde houve o maior avistamento coletivo já ocorrido no mundo.
O fato está na memória de muitas pessoas, mas especificamente, na dos fãs de futebol que presenciavam a partida entre Vasco da Gama e Operário, no dia 06 de março de 1982, no Estádio Morenão. Neste dia, de acordo com informações da revista Ufo, 24.575 pessoas estavam nas arquibancadas assistindo a partida e avistaram sobrevoando o estádio um objeto luminoso em forma de charuto.
Ao que parece a aparição não se restringiu apenas aos que estavam assistindo ao jogo ao vivo e acabou sendo vista de outros cantos da cidade, como ocorreu com o professor Rodrigo Adania, 45 anos. “Eu tinha 14 anos na época e estava andando de bicicleta, na rua Pedro Celestino, entre a Barão e avenida Afonso Pena. No momento da aparição, eu estava correndo na bicicleta quando percebi as pessoas olhando pra cima e apontando para o céu”, relata.
Porém, Rodrigo afirma que não foi apenas um objeto que apareceu no céu naquele dia. “Eu vi cinco objetos muito iluminados, de cor laranja, pareciam bolas, em formação, um na frente e dois de cada lado, logo atrás. Nunca me esqueci dessa cena”, relembra. Apesar de não duvidar de vida extraterrestre, o professor não afirma com certeza que tal objeto se tratasse de um disco voador. Ele já descartou a hipótese de ser um avião ou helicóptero, por não fazerem barulho algum, ou de ser um cometa ou meteoro, pois agiam de forma organizada.
De acordo com Rodrigo, no dia seguinte, a aparição acabou sendo mais comentada do que o resultado do jogo, que terminou em 2 a 0 para o time local. “Fiquei admirado de saber que além de mim, muitas pessoas viram e que até os jogadores naquele jogo confirmaram a cena”, afirma. O professor ainda relembra uma segunda aparição ocorrida no mesmo mês, em que uma luz pairou sobre a capital, por mais de meia hora, sem explicações.
Misteriosamente, desde esta vitória permeada de mistérios, o futebol de Mato Grosso do Sul entrou em uma fase decadente que dura até os dias atuais. Tais fatos, disco voador e futebol sul-mato-grossense, foram revisitados no documentário “O que era aquilo?”, da produtora Magnéttico. Realizado pelos jornalistas André Patroni, Kleomar Carneiro e pelo fotógrafo e cinegrafista Paulo Henrique Higa, com produção de por João Conrado Kneipp e Pedro Heiderich, o documentário contém entrevistas de diversas testemunhas do evento, além de resgatar várias imagens e lembranças dos tempos de ouro do futebol do estado.
De acordo com um dos diretores do filme, o jornalista Kleomar Carneiro, o material foi produzido em 2012, quando a história completava 30 anos. “A história em si é muito inusitada. Um OVNI aparecer num campo de futebol é algo difícil de imaginar, e a gente não conseguia entender como alguém ainda não tinha feito um documentário ou algo do tipo sobre o fato”, explica.
O jornalista acredita que a história ficou marcada devido à quantidade de pessoas que estavam no local e relembra que até mesmo os jornais diários do dia seguinte registraram o acontecimento. “É impossível ouvir essa história e não querer saber mais sobre isso”.
Assista ao documentário "O que Era Aquilo?":








