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17/01/2014 06:00

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Geraldo Espíndola, o compositor de MS que faz sucesso até no pagode

Saudade existe pra quem sabe ter

Em épocas de Camaro Amarelo ganhando prêmios nacionais como melhor composição do ano, e músicas com letras que dizem “bará bará bará, berê berê berê” e “eu quero tchu, eu quero tcha” tocando nas rádios diariamente, não seria justo esquecer, na semana em que se comemora o Dia Nacional do Compositor, de um dos maiores artistas de Mato Grosso do Sul.


É claro que Geraldo Espíndola é um músico completo, mas peço licença para falar apenas de uma das várias 'faces' desse campo-grandense que levou o nome do Estado para todo o Brasil, através de uma de suas composições mais famosas: Vida Cigana, regravada por mais de 60 artistas diferentes.


Foi na versão pagode e na voz do grupo Raça Negra que a canção se imortalizou com o público brasileiro. Apesar da grande massa nem imaginar que é uma música composta por Geraldo, feita para sua namorada em 1978. “Eu estava sozinho em São Paulo, pensando nela e lhe escrevi uma carta com a letra de Vida Cigana. Quando voltei para revê-la, olhando pra ela fiz a canção”, afirma o cantor.


Geraldo e a musa inspiradora da canção Vida Cigana. (Foto: Reprodução/Facebook)


Que ela é uma das canções de mais sucesso da música popular brasileira ninguém pode negar. Uma história que toca qualquer um que tenha se apaixonado pelo menos uma vez na vida. Mas será que sua namorada na época ficou comovida assim como os milhares de ouvintes? “Estamos casados há 36 anos, idade da divisão do Estado”, revela.


Mas nem só de Vida Cigana vive Geraldo. O cantor símbolo do pantanal, com mais de 40 anos de carreira lembra como se fosse hoje da sua primeira composição. A música 'A Flor do Meu Jardim' é uma balada romântica que teve influências de Roberto Carlos e The Beatles. “Nasceu em uma noite de serenata que a gente fazia em Campo Grande”, relata o músico.


Para compor, Geraldo mescla a poesia do pantaneiro ao olhar do homem universal. E suas influências incluem artistas nacionais e internacionais, como Paulo Simões, Geraldo Roca, Zacarias Mourão, Délio e Delinha, Roberto Carlos, Caetano Veloso, Gilberto Gil, João Gilberto, Bob Dylan e The Beatles.


Irmãos Espíndola reúnidos. (Foto: Reprodução/Facebook)


Gosto demais das músicas do Almir Sater, da Tetê Espíndola e da Alzira Espíndola”, comenta o artista que teve suas primeiras composições registradas em disco através do Lírio Selvagem, grupo que fundou com os irmãos Tetê, Alzira e Celito na década de 70.


E com tantas músicas compostas em uma região famosa por não ter identidade cultural definida, e que muitos artistas que não seguem a linha do sertanejo se sentem injustiçados, Geraldo tem uma visão contrária à maioria: “Todas as janelas estão abertas para a cultura de nosso Estado, tudo melhorou muito. Eu me sinto valorizado pelo meu trabalho.”


Questionado se gosta mais de cantar ou compor, o artista é categórico ao responder que não pode escolher. “É independente do meu preferir, eu amo muito as duas coisas. Me dedico a isso a minha vida inteira, é quase uma necessidade vital para mim”, finaliza.


(Foto: Reprodução/Facebook)

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