Depois de uma vida marcada por dores intensas e diagnósticos complexos, Juliana de Carvalho Alves, 41 anos, redescobriu o verdadeiro significado da palavra “liberdade”. Ostomizada há quatro anos, ela vive agora um dos momentos mais emocionantes da vida, a espera do segundo filho, acompanhada de perto pela enfermeira Franciely Pereira Mota, que foi essencial no período de superação.
A história de Juliana começou aos 15 anos, quando foi diagnosticada com retocolite ulcerativa, uma inflamação intestinal crônica. Aos 24 anos, diante da intensidade das dores e da perda de qualidade de vida, o médico recomendou a ostomia. A perspectiva de conviver com a “bolsinha” a fez adiar o procedimento por anos.
Aos 37, sem alternativas diante do agravamento da doença, a cirurgia se tornou inevitável. Os primeiros meses foram de luto, rejeição ao próprio corpo, baixa autoestima e dificuldade de aceitação por parte de amigos e familiares. Foi nesse período de fragilidade que Juliana conheceu Franciely, enfermeira estomaterapeuta da Unimed Campo Grande.
“Nossa conexão foi instantânea”, conta Juliana. “Não foi só pelo cuidado com a ostomia e ensino do autocuidado, mas pelo acolhimento, pela escuta e pela parceria, que se transformou numa verdadeira amizade.”
Com o apoio de Franciely, Juliana passou a enxergar a ostomia como uma aliada. A dor que a acompanhou por tanto tempo deu lugar à esperança, e ela se sentiu mais forte e viva. Hoje, apaixonada novamente, celebra a segunda maternidade, esperando João Guilherme.
O momento ganhou ainda mais significado graças a um gesto de carinho de Franciely, que mobilizou colegas de trabalho para presenteá-la com um ensaio de gestante, celebrando a ostomia como símbolo de superação e vida.
“A Fran é mais que uma enfermeira, é alguém que me apoiou e incentivou em um momento difícil. Ela foi fundamental para que eu pudesse viver esse sonho”, relembra Juliana.
Para Franciely, participar de histórias como a de Juliana vai além do trabalho. “Me realizo ao ver a evolução do paciente. Não se trata apenas de assistência, mas de acolhimento, fortalecimento da autoestima e ajuda para retomar a autonomia. Ver Juliana vivendo esse momento é uma enorme felicidade”, conclui a enfermeira.









