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07/12/2015 09:32

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Maternidade promove 'Dezembro Vermelho' para tirar dúvidas sobre HIV

No lugar onde nascem cerca de 70% dos bebês em Campo Grande, uma campanha educativa é realizada com a intenção de tirar dúvidas e ampliar o atendimento à mulher portadora do HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana). Durante todo o mês em que se celebra o Dia Internacional da Luta Contra a AIDS, o “Dezembro Vermelho” da Maternidade Cândido Mariano está em função de atender pacientes e qualquer pessoa que queira saber mais sobre a doença, ainda alvo de muitos mitos.

Até o fim do ano, a campanha continua e tem a intenção de, por exemplo, convidar profissionais do sexo para o esclarecimento de dúvidas e encaminhá-las a unidades hospitalares que ofereçam testes gratuitos para doenças sexualmente transmissíveis e, se for o caso, tratamento especializado.

Em parceria com a Secretaria Estadual de Saúde (SES), a ação começou com a entrega de broches com o símbolo da campanha, folheto informativo e preservativos masculinos e femininos. A iniciativa partiu do Centro do Saber, que é um núcleo de formação continuada dentro da própria maternidade, onde os funcionários podem participar de cursos e especializações. Desde 2002, quando surgiu o Centro, funcionários do hospital realizam ações educativas para ressaltar a importância do tratamento e prevenção da doença.

Segundo Fabrícia Rezende, coordenadora de trabalhos do núcleo, a maior parte das mulheres que recebiam o kit sequer tinha visto o preservativo feminino e nunca o considerou realmente como uma opção na relação sexual, muitas por receio da reação do parceiro e até mesmo por vergonha de comprar.

Conforme a coordenadora, muitas pacientes chegam ao hospital pré-diagnosticadas, mas boa parte descobre que está infectada com o vírus apenas no momento em que são admitidas na internação, prestes a dar à luz.

Não há um levantamento oficial sobre, mas a assistente social Taline Mara da Cruz observa que em 2015 os casos foram mais recorrentes em comparação ao ano anterior. “Esse ano, a cada dois meses ao menos uma mulher é diagnosticada ao dar entrada no hospital. No ano passado, isso acontecia a cada cinco, seis meses. O perfil varia pouco, geralmente são casadas e achavam que não havia necessidade de utilizar o preservativo com o marido”, disse.  

Na maternidade, ao atendimento à portadora do HIV é, em praticamente todos os aspectos, igual às outras pacientes. “Não há nenhum tipo de isolamento, nós não deixamos transparecer aos demais a situação da paciente soropositiva, até porque é uma situação muito particular, algumas pessoas têm preconceito”, diz a assistente social.

“Essa mulher tem que perceber a importância do tratamento, tanto para si quanto para a criança que está sendo gerada. Muitas abandonam as medicações porque sentem muitos efeitos colaterais, combinadas ao enjoo normal da gravidez, mas nós procuramos apresentar as melhores alternativas para unir o bem estar e a saúde”, pontua a profissional.

Ela explica que a única diferença está na medicação indicada durante o pré-natal e no momento do parto, que precisa ser por cesariana para evitar a troca de fluidos entre mãe e bebê, diminuindo as chances do recém-nascido também contrair a doença. A gestante também recebe tratamento psicológico e orientações pós-parto.

Conforme Taline, o índice dos bebês que contraem o vírus é muito baixo, não chegando nem a 3%, mas o ideal é que se faça o acompanhamento contínuo pelos próximos 12 meses após o nascimento para dar um diagnóstico final.

Sandra Ortega, diretora administrativa da maternidade, Victor Rocha Pires de Oliveira, sub-secretário Municipal de Saúde, Dr. Alfeu Duarte, diretor da maternidade, Dr. Geraldo e Dr. Renato Cubel.

A campanha segue até o dia 31 de dezembro para todos que quiserem se informar melhor sobre a AIDS, não apenas pacientes, acompanhantes e funcionários da maternidade, basta solicitar orientações na recepção do local. A Maternidade Cândido Mariano é localizada na Rua Marechal Rondon, nº 2644, Centro.

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