A paixão pelo Laço Comprido, que passou do avô, para o pai, e do pai para filha, fez com que Raquel Soares, de 21 anos, praticasse o esporte desde menina. 

Raquel conta que sempre morou em fazendas, e desde os 6 anos, seu pai a levava em festas de peão em todo o Estado. “Sempre fui à companheira dele, e ele sempre incentivou e me ensinou tudo que sei hoje”, conta.

O legado, que passou por gerações na família, fez com que o laço comprido sempre fosse ativo na vida de Raquel, porém, por alguns anos, ela ficou afastada, já que não conseguia conciliar o esporte com o emprego. “Dê uns anos para cá, havia me afastado, por conta do serviço, e não dava tempo de me empenhar ao esporte e meu pai sempre continuou com as atividades do esporte”, lembra.

Ela conta que não teve oportunidade de laçar com seu avô, já que ele morreu quando ela tinha 2 anos, o que ela conhece dele é o que conhecidos e seu pai falam.

Com muitos troféus conquistados desde pequena, a jovem diz que seu pai sempre compete nas provas, e já até ganharam a categoria pai e filho juntos, mas hoje ele está afastado por conta do problema de saúde.

No final de 2023, o pai de Raquel ficou 20 dias internado, e isso fez com que a jovem recalculasse a rota. “Nesse ano quero me empenhar mais no esporte e passar mais tempo com o meu pai. O laço comprido é um esporte que une a família”, completa. 

Raquel está tão empenhada, que no primeiro torneio do ano, na festa de laço comprido na Fazenda Novo Sinuelo, em Dois irmãos do Buriti, a jovem se tornou campeã na categoria Amazona Adulta. 

“Essa vitória do final de semana foi muito especial por conta de ser o recomeço dessa história e quero continuar a fazer com minha família, em especial com o meu pai”, finaliza.