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02/06/2019 13:30

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Jornalista de MS adota 2 filhos e afirma: 'se tivesse preenchido uma ficha, não seriam tão perfeitos

Em Campo Grande, há 155 crianças acolhidas e 40 disponíveis para adoção

  • Imagem quando as crianças foram adotadas

“Se eu tivesse preenchido uma ficha para Deus, eles não seriam tão perfeitos”. A declaração é da jornalista Rose Rodrigues, de 59 anos, que há dez anos teve a vida transformada pelo contato diário com duas crianças: Lucas e Suelen. São os filhos que ela escolheu em um abrigo de Três Lagoas, quando eles tinham 4 e 7 anos, respectivamente.

O encontro que mudaria definitivamente a vida destes três ocorreu em Agosto de 2009, quando Rose Rodrigues estava acompanhado a visita dos jogadores da Seleção Brasileira Sub 20 até o abrigo Poço de Jacó. A jornalista estava lá para fazer uma reportagem, mas, durante uma entrevista e outra acabou se deparando com Lucas que, sem a conhecer, a abraçou e disse: “Tia, me leva para sua casa”. E ela levou.

Rose não havia planejado a adoção e ela não ocorreu imediatamente. Chegou em casa e ficou pensando no pedido do menino Lucas por ao menos três dias. Nesse período, ela se preocupava também com mudanças na carreira porque estava deixando o município para retornar a Campo Grande.

Ainda de maneira despretensiosa ela conversou com a promotora responsável pela vara da infância e adolescência e foi incentivada a dar início ao processo de adoção. “Tinha muitas dúvidas, não me sentia preparada”, lembra.

Mesmo em meio às dúvidas, a jornalista decidiu entregar os papéis necessários para dar início ao processo e, durante esse, foi informada que Lucas tinha uma irmã de 7 anos. Questionada se queria adotá-la também, ela não teve dúvida. “Melhor não separar os dois”.

Rose lembra do carro da procuradoria chegando até a casa dela no dia 17 de dezembro, pouco antes do recesso de fim de ano. Segundo ela, os responsáveis pelo abrigo disseram que as crianças foram deixadas para um período de adaptação e existia a possibilidade de “devolução” caso a convivência não fosse boa.  “No dia 18 eu já tinha certeza que queria”, declarou.

Durante um ano, período em que a guarda não é definitiva, Rose foi chamada de “tia” pelas crianças, mas, não demorou até que começassem a chamá-la de mãe. A jornalista  diz encarar a adoção como uma missão de vida. “É muito melhor para mim que para eles”, comenta ela reafirmando não haver diferença entre biológicos e adotivos. “É tudo filho”.

APTOS PARA ADOÇÃO

Dados do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul apontam que 155 crianças e adolescentes estão acolhidas em abrigos de Campo Grande e, deste total, 40 disponíveis para adoção. Em Mato Grosso do Sul, são 1043 acolhidos e 156 disponíveis para adoção.

A conclusão de um processo de adoção na Justiça demora 120 dias. É o chamado período de habilitação. A espera pelo filho depende do perfil desejado.

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