A adolescente Solange Cristina Oliveira dos Santos, de 13 anos, pode perder parte dos movimentos do braço após esperar quase um mês por uma cirurgia considerada urgente. A operação, realizada somente nesta terça-feira (9), na Santa Casa de Campo Grande, ocorreu bem depois do prazo indicado pelo médico responsável e, segundo a família, essa demora resultará em sequelas irreversíveis.
A família relata que apenas após muita insistência e cobrança junto ao hospital o procedimento foi finalmente realizado, quase um mês após a lesão.
O atraso, segundo o médico que atendeu Solange, comprometeu a recuperação completa. “Ela não terá mais o movimento normal do braço”, contou Célia, emocionada. A fratura, atingindo a articulação, acabou consolidando de forma inadequada durante a espera prolongada.
Além do prejuízo físico, a demora agravou o quadro emocional da adolescente, que já enfrenta depressão e faz uso de medicação controlada. “Ela ficou muito abalada, ansiosa, chorava com medo de não ser chamada para cirurgia”, relata a tia.
A família também afirma que enfermeiras comentaram sobre atraso de salários médicos, o que estaria levando profissionais a priorizar apenas casos de risco iminente de morte, o que teria contribuído para o atraso no atendimento da jovem.
A reportagem solicitou posicionamento da Santa Casa de Campo Grande sobre a demora na cirurgia da adolescente, mas não obteve resposta até o fechamento desta matéria.









