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Campo Grande

04/11/2018 07:00

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Aos 80 anos, seu Zé é exemplo para galera que curte preguiça na Capital

O idoso improvisou um brechó e vende itens no centro de Campo Grande para não ficar em casa

Enquanto muitos marmanjos só pensam em sombra boa e água fresca, o cearense José Macena ‘se vira nos 30’ aos 80 anos de idade com o improvisado brechó de poucos itens, mas que satisfaz a sede do idoso pelo trabalho. Ele disse ao TopMídiaNews que é aposentado, mas não consegue ficar parado e, com a ajuda de um guarda sol e um carrinho, coloca itens à venda no centro da Capital.

José é natural de Fortaleza, mas foi em Campo Grande que encontrou tranquilidade para viver com sua família. “Sai do Ceará muito novo, tinha irmãos aqui, primos e resolvi ir embora. A vida no Nordeste era muito difícil e, como eu também não era muito fácil, fui embora. Já morei no Maranhão, em São Paulo e depois resolvi viver em Campo Grande porque já tinha parentes aqui. Estou aqui desde 1960”.

Ao se relembrar da função que exerceu por 39 anos, José se emociona e demonstra saudades da estrada. “Eu era caminhoneiro, mas o doutor me tirou da estrada porque eu estava com problema de coração. Eu gostava, andava esse Brasil todo, mas trabalhava muito, principalmente durante a noite, tocava o caminhão pelas estradas”.

Como fez muitos amigos na Capital de Mato Grosso do Sul, José ganha assessórios, enche o carrinho e sai para o trabalho, deixando de lado até aquele famoso horário de almoço. “Eu não paro para almoçar não, minha família que traz aqui. Eu como aqui mesmo, não volto para casa não, volto para casa só às 16 horas”, diz o idoso no cruzamento da Avenida Calógeras com a Mato Grosso.

Ele explica que a esposa administra um restaurante, enquanto ele improvisa nas vendas. “Eu vendo o que aparece, tenho muitos amigos e vira e mexe eles vêm aqui com alguma coisa. Eu pego e coloco para vender, vendo bem baratinho. Não consigo ficar em casa não, se eu ficar em casa eu estrago as torneiras, vou quebrando as coisas para consertar depois. Não consigo ficar parado, preciso dedicar meu tempo ao trabalho, ficar parado não é comigo não”.

Na banquinha do ‘seu Zé’, a população encontra sapato, tênis, desodorante, regador, entre outros assessórios. “Quando eu vou embora, coloco tudo dentro do carrinho e vou empurrando. Eu moro aqui pertinho, não dá trabalho para trazer e nem para levar. Estou aqui todos os dias, às vezes sento nos bancos que tem uma sombra maior, mas sempre trabalhando”.

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