Internado há quase três meses na Santa Casa de Campo Grande, Lucas Henrique Corvalan da Silva, de 12 anos, passou por seis cirurgias em decorrência de uma queda na escola e aguarda visita do ortopedista para conseguir alta médica. Segundo a família, o sumiço do ortopedista responsável pelo atendimento da criança seria o único empecilho da alta hospitalar.
Ao TopMídiaNews, a mãe, Andressa da Silva Lemes, de 30 anos, conta que o caso de Lucas começou em julho, quando o filho caiu na escola e quebrou o braço, além de romper o ligamento do joelho. O primeiro atendimento ocorreu em uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento), mas o diagnóstico inicial foi errado. “Fizeram o raio-x e disseram que não tinha fratura. No dia seguinte fomos em outra UPA e confirmaram que o braço estava quebrado e o joelho lesionado”, conta.
O garoto foi encaminhado ao CEM (Centro de Especialidades Médicas), onde recebeu gesso no braço e na perna, mas o quadro piorou. “Logo começaram a aparecer feridas, e descobriram que ele estava com uma infecção grave, uma artrite séptica. Foi aí que precisou ser internado na Santa Casa”, relatou Andressa.
Desde então, Lucas passou por seis cirurgias. Durante o tratamento, segundo a mãe, ele chegou a ficar 13 dias em coma após uma das operações e até precisou colocar uma prótese no joelho por demora no procedimento médico.
No último dia 2 de outubro, Lucas foi submetido a uma nova intervenção para colocar uma prótese no joelho, já que o osso havia apodrecido por causa da infecção. “O médico falou que essa seria a última cirurgia e que ele teria alta, mas desde então o ortopedista sumiu. Os outros médicos dizem que só falta ele liberar, mas ninguém consegue contato. Nem o SAC do hospital consegue falar com ele”, afirma a mãe.
Enquanto espera, o menino foi transferido da unidade semi-intensiva para a enfermaria do 6º andar, onde, segundo Andressa, as condições são precárias.
“É um descaso total. Tem só um banheiro para mais de 10 pessoas, meu filho precisa usar fralda porque não pode levantar da cama. Ele divide o quarto com meninas e fica constrangido. Está ansioso, deprimido e quer ir embora. Eu só quero que o médico dê uma resposta, ou que o levem de volta para o andar onde estava antes, com mais conforto”, desabafa.
A reportagem entrou em contato com a Santa Casa para solicitar esclarecimentos sobre o caso de Lucas Henrique Corvalan da Silva e aguarda retorno.









