O técnico em administração de empresas, Renatto Assis, 33 anos, revela que, após chamar Caio Vinícius de Jesus Brito, 25 anos, que é negro, de ''resto de incêndio'', perdeu o emprego que tinha em Campo Grande. Ele ainda revela ameaças de morte à família e ao filho, de apenas quatro anos. 

Assis lamentou a repercussão do caso, revelado pelo TopMídiaNews, na quarta-feira (3), e se disse perplexo, já que, na versão dele, chamar o outro de negro ou piche era comum entre ele e a vítima, que nunca teria reclamado das ''brincadeiras''. 

Renatto diz que passou a receber ameaças de morte pelo WhatsApp, que se estenderam ao filho pequeno, que mora em outra cidade. 

''...não estou me isentando do crime que cometi, mas um fato não justifica outro. Olha a foto do meu filho se espalhando pela rede social... W se um maluco desses encontra meu filho e faz o que disse, quem vai responder por isso?'', lamentou o técnico. 

''...querem atacar, ataquem a mim. Me chamem para uma conversa, me processem, mas nada justifica a violência contra uma criança de 4 anos'', completou Renatto. 

'Brincadeiras'

O suspeito de injúria racial disse que vai mostrar, em um provável processo, os prints de conversas onde ele e Caio usavam termos racistas como ''brincadeira'' e promete processar quem o ameaçou. Ele chegou a enviar um desses registros, onde Caio usou o termo ''seu negro'' com outro rapaz.

''’Não fugi da responsabilidade. Apenas estou em casa para que possa cuidar da minha integridade física'', disse o técnico. 

Injúria

A denúncia de Caio Vinícius se deu após ele postar no Facebook que tinha intenção de morar no Canadá. Ele foi questionado por Renatto sobre  ''O que um cidadão, com altos índices de melanina irá ''cheirar'' no Canadá'', perguntou o internauta.  

Caio respondeu que iria tentar uma vida melhor e não ficaria no Brasil vendendo planos de internet de porta em porta, como Renatto faz. 

Na sequência, Renatto disse: ‘’Então vai, resto de incêndio’’. 

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