A luta para que o paciente João Miguel consiga viver e respirar melhor continua, mas está travada. A denúncia é do ''Projeto Respira'', da UFMS, e diz que a Santa Casa de Campo Grande teve o equipamento para traqueostomia doado pela mãe do garoto, mas ainda não agendou a cirurgia.
Conforme postagem do projeto, publicado no Facebook, João Miguel foi o primeiro a receber o trabalho do grupo. Ele sofre de traqueomalácia e estenose de traqueia e faz uso de traqueostomia.
''Ele chegou pequenininho aqui... a traqueostomia precisa ser trocada a cada três meses, devido ao crescimento da criança e risco de infecção'', explica a entidade. Atualmente, diz o Respira, o menino tem indicação médica de urgência, para troca da cânula e o atraso de um ano no procedimento, já rendeu várias obstruções e infecções.

Paciente chegou pequenino ao Projeto Respira. (Foto: Reprodução Facebook)
O detalhe, segue a denúncia, é que a troca da cânula precisa ser realizada em ambiente hospitalar. A peça, diz a publicação, é ofertada pelo SUS, mas à época do pedido, estava em falta na Rede de Atenção à Saúde.
''A família teve dificuldades, então fizemos campanha para conseguirmos o valor. A Atlética da UFMS juntou-se a nós, fez rifa e doou a cânula'', diz o texto do Projeto Respira. A mãe, então, foi à Santa Casa e doou a peça, crendo que a troca seria feita rapidamente. Mas não.
''Sabem quando chamaram a criança para realizar o procedimento? Nunca... mais de 6 meses e o paciente continua esperando'', desabafou a autora da postagem. Ela alertou que o padrão respiratório de João Miguel piora a cada dia, assim como o risco de infecção aumenta.
''... a possibilidade de obstrução é grande, limitando inclusive que ele frequente a escola'', diz a postagem, que faz um apelo à população e ao hospital.
Entramos em contato com a Santa Casa, neste domingo. Fomos informados a reportar o caso por e-mail, para que haja resposta nesta segunda-feira (28). O espaço está aberto para manifestações.







