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Campo Grande

05/09/2021 07:00

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Vítima de estupro coletivo, Camila sente medo de andar sozinha em Campo Grande

Mulher trans de 54 anos passa desde o desamparo psicológico ao financeiro desde que saiu do hospital

A carnavalesca Camila Ferreira, mulher trans de 54 anos, tenta retomar o que seria a vida normal. Ela foi vítima de estupro coletivo e sequestro, em junho deste ano, na Vila Sobrinho, em Campo Grande.

O receio e a preocupação de sair na rua sozinha, acompanhados da longa recuperação por conta das cirurgias, são obstáculos. Mas a fé e o sonho de dias melhores deixam boas perspectivas para o futuro.

A rotina de Camila mudou bastante depois dos crimes. Além de permanecer quase um mês internada, ela conta para o TopMídiaNews que tem buscado manter seu dia a dia de maneira simples e espera que os autores que a estupraram e sequestraram sejam presos e que paguem pelo que fizeram.

"A gente nunca sabe o destino da gente. Eu tenho esperança que encontre essas pessoas e a polícia faça o papel deles. E eles paguem tudo pelo que fizeram", declarou a carnavalesca.

Após a saída do hospital, Camila prestou depoimento para ajudar nas investigações, que está a caráter da DEAM (Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher). Enquanto espera a resolução dos fatos, ela convive com algumas dificuldades, seja na casa ou financeiramente.

Por alguns dias, um casal de vizinhos passou a ajudá-la e, espontaneamente, ficou alguns períodos ao seu lado no hospital em que ficou internada.

Após a solidariedade, eles precisaram viajar e, desde então, Camila sente medo de deixar sua casa, em virtude das memórias que ficarão vividas desde aquele 18 de junho. "Vou tentar fazer de tudo para melhorar", afirmou.

A mulher explicou que pretende procurar um psicólogo para iniciar um tratamento, mas que espera melhorar de situação, seja do corpo e da cabeça. A questão financeira também é um empecilho para ela, que fica no aguardo do dinheiro arrecadado de uma vaquinha virtual feita durante a sua recuperação mais intensa.

No entanto, ela tenta se virar de todos os modos para retomar sua vida como era antes do episódio. "Está difícil. Fica a cicatriz na pele da gente", diz e acrescenta que ainda sente dores profundas causadas pelo estupro.

Camila Ferreira disponibilizou um número de telefone para quem quiser colaborar na sua recuperação, conhecer a história e quem sabe ajudar em outras frentes, como doações e auxílio financeiro.

O número para contato é o (67) 9 9274-1647, próprio de Camila.

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