O número de mortes em acidentes de trânsito aumentou em Campo Grande no último ano, segundo dados do Programa Vida no Trânsito. O município registrou 80 vítimas fatais em 2024, oito a mais que no ano anterior, o que representa um crescimento de 8,1%. A frota de veículos também aumentou, chegando a 710.369, com população estimada em 954.537 habitantes.
O levantamento foi realizado pelo Gast (Grupo de Análise de Sinistros de Trânsito), que reúne órgãos como Agetran, Detran, Corpo de Bombeiros, BPTran, Samu, Santa Casa e secretarias de Saúde municipal e estadual. Ao todo, foram 78 sinistros registrados, com 80 vítimas fatais e 80 pessoas gravemente feridas.
Os motociclistas continuam sendo as principais vítimas, representando 73% dos óbitos, seguidos por pedestres, com 9%, ciclistas com 8%, condutores 6% e passageiros 5%. Dos mortos, 82% eram homens e 18% mulheres. A faixa etária mais afetada foi entre 21 e 29 anos, com 21,3% das ocorrências.
Maior incidência aos fins de semana por excesso de velocidade e álcool
A maioria dos acidentes fatais ocorreu entre sexta e domingo, especialmente nos horários noturnos, entre 18h e 23h59. Entre os fatores de risco mais comuns estão o excesso de velocidade, condução sem habilitação, desrespeito à sinalização e direção sob efeito de álcool.
As vias com maior incidência de mortes incluem as avenidas Duque de Caxias, Guaicurus, Bandeirantes, José Barbosa Rodrigues, Nasri Siufi e Gunter Hans. Em relação ao uso de equipamentos de proteção, a falta de capacete e de cinto de segurança foram apontadas como fatores agravantes na severidade dos acidentes.
O Programa Vida no Trânsito, coordenado pela Secretaria Municipal de Saúde, atua desde 2010 em Campo Grande e desenvolve ações intersetoriais para reduzir mortes e lesões no trânsito. As análises orientam políticas públicas e campanhas educativas voltadas à segurança viária e ao comportamento dos condutores.









