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Campo Grande

há 8 anos

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Com 6 crianças, irmã de mulher morta em frente aos filhos precisa de ajuda

Juliana da Silva Fernandes, de 24 anos, que foi esfaqueada pelo ex-marido na frente dos três filhos está sendo velada neste domingo (24), no centro comunitário, do Jardim das Hortências em Campo Grande.

A jovem era moradora da favela Cidade dos Anjos, localizada no mesmo bairro onde o velório está acontecendo. Juliana veio a óbito no hospital por volta da meia-noite de ontem (24), mas foi atingida pelos golpes de faca na madrugada de sexta-feira (22).

Segundo os moradores da comunidade, a jovem ficou casada com o ex-marido por aproximadamente uma década, ambos tiveram três filhos, de oito, cinco e quatro anos. O suspeito de ter cometido o crime seria usuário de drogas, motivo este que supostamente levou o casal a separação.

Ainda conforme relatos de vizinhos da vítima, o ex de Juliana sempre pedia para reatar a relação, mas a mulher já não acreditava que o homem poderia mudar. Ficaram cerca de um ano separados, mas Juliana precisava sempre conviver com a insistência do ex-marido.

Após a separação, o suspeito deixou o barraco e Juliana ficou cuidando dos três filhos. Ela já estava em outra etapa da vida, onde havia arrumado um emprego de limpeza em um supermercado da Capital e, assim, conseguia sustentar as crianças.

(Comunidade Cidade dos Anjos, onde o crime aconteceu. Foto: Anna Gomes)

Na madrugada de sexta-feira, o suspeito teria invadido o barraco da vítima e, com uma faca, desferiu pelo menos quatro golpes em Juliana na frente dos próprios filhos. Vizinhos rapidamente acionaram o socorro, tentaram ajudar, mas a mulher não resistiu e faleceu no hospital.

O suspeito fugiu e as três crianças estão na responsabilidade da irmã de Juliana, Ana Paula Silva Fernandes, 20, que está gestante de cinco meses e também já possui dois filhos, de três e um ano. Sem emprego e com o marido desempregado, Ana diz que não sabe como vai fazer para sustentar tantas crianças e pede doações para as pessoas.

"Não sei como vou fazer para alimentar seis crianças, contando com o meu bebê que vai nascer, não estou trabalhando e meu marido está desempregado. Nem caixão a gente tinha para fazer um velório para minha irmã. Toda comunidade vez uma 'vaquinha' arrecadando dinheiro para comprar", lamentou.

Ao todo, cerca de 43 famílias residem na comunidade Cidade dos Anjos, os moradores do local dizem que a prefeitura apenas promete, mas nada faz e fica 'só na conversa'. Cansados de tiroteios na região, pessoas morrendo e a violência, as pessoas da favela prometem fazer uma manifestação na tarde deste domingo, na Avenida Presidente Tancredo Neves, buscando Justiça pela morte de Juliana, além de pedir melhorias para a comunidade.

(Moradores da favela prometem manifestação na tarde deste domingo. Foto: Landerson Ricardo)

"Não temos condições de viver naquela situação que vivemos. Três pessoas já morreram na favela devido a problemas causados pelas péssimas condições de vida, que acabam se tornando em doenças", disse uma moradora da comunidade, que preferiu não se identificar.

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