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Campo Grande

16/08/2025 09:30

Com contrações há uma semana, grávida de alto risco tem cesariana recusada no Hospital Regional

Marido denuncia que esposa sofre com dores e febre enquanto aguarda parto

Uma grávida de 39 anos, em gestação de alto risco e com 40 semanas e 5 dias, aguarda há uma semana pela realização de uma cesariana no Hospital Regional de Campo Grande. A denúncia foi feita pelo marido, de 35 anos, que relatou o descaso no atendimento.

Segundo ele, a esposa sofre com contrações frequentes, fortes dores e até episódios de febre, mas o procedimento segue sendo recusado. "Ela está há uma semana com contrações, com dor, mas não querem fazer a cesárea. Querem induzir o parto natural mesmo ela sendo de alto risco. A gente pede a cesariana porque ela também vai fazer a laqueadura, mas dizem que não há urgência", contou o marido.

A data prevista para o nascimento era 8 de agosto. O casal afirma que recebeu orientação para ir ao hospital naquela sexta-feira (8) para realização do parto, mas ao chegar foram informados de que não havia nenhum procedimento agendado e acabaram mandados de volta para casa.

Desde então, a gestante apresenta contrações a cada cinco minutos, sem evolução de dilatação. "Ela tem só um dedo de dilatação há duas semanas. Mesmo com contrações, a dilatação não aumenta. A barriga dela endurece, o nenê empurra, mas a bolsa não estoura".

"Da outra vez, quem teve que estourar foi o médico na cesárea. Agora, informamos que saiu um pouco do tampão, mas disseram que só seria urgente se tivesse sangramento ou perda de líquido. Como vai ter perda de líquido se a bolsa não estoura?", questiona o marido.

Segundo o esposo, diante da negativa no Hospital Regional, o casal foi encaminhado para a Maternidade Cândido Mariano, mas recebeu a informação de que a unidade não tem estrutura para cirurgia de alto risco.

"A médica da maternidade disse que o Regional não poderia ter feito isso e mandou a gente voltar para lá. Aí começou o jogo de empurra: tentamos UBS, Santa Casa, mas sempre mandam de volta para o Regional", relatou.

A situação fez com que a gestante permanecesse em casa, deitada quase o tempo todo por não conseguir andar devido às dores. "Ela vive deitada, está com dor. Já abri três reclamações na ouvidoria, mas não resolveram nada. Tenho medo de divulgar o nome dela e ela ser maltratada no hospital".

Histórico de mau atendimento

O marido afirma que este não é o primeiro problema enfrentado no Hospital Regional. A família já teria passado por falhas no acompanhamento anterior. "Essa situação de mau atendimento não é de hoje. Ela já tem histórico ruim no hospital, mas ficamos de mãos atadas", disse.

O marido também questiona o diagnóstico de trombose, feito apenas por avaliação visual de um residente, durante a gestação. "Ele olhou a perna inchada, apertou e disse que era trombose. Não fez exame nenhum. Temos dúvida se o diagnóstico é verdadeiro e pretendemos procurar uma nova consulta".

A gestante tem cinco filhos e já passou por uma cesariana há oito anos, quando teria sido feita laqueadura. Porém, o procedimento não foi confirmado, e ela voltou a engravidar. Além dos filhos, também passou por um aborto anteriormente.

Segundo o relato, a situação de descaso atinge outras pacientes. "No andar da gestante, no Regional, o atendimento é um descaso. Forçam parto normal mesmo sendo de alto risco. Já teve paciente com 41 semanas de gestação, sentindo dor, que ficou horas sentada na pré-sala da admissão obstétrica".

Ele cobra uma solução imediata. "Não queremos esperar mais. Minha esposa é de alto risco, está sofrendo há uma semana e ninguém resolve. A vida dela e do nosso bebê estão em risco", diz desesperado.

O Hospital Regional foi procurado, mas não respondeu até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto para manifestações futuras.

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