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Campo Grande

05/05/2022 07:00

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Com depressão grave, paciente denuncia falta de atendimento de urgência em CAPs de Campo Grande

Ele relata que outras famílias também sofrem com o problema na unidade pela quantidade de médicos disponíveis

Paciente com depressão grave reclama que não teve atendimento no CAPS AD, em Campo Grande. Ele conta que outros pacientes também tentaram encaixe, mas foram orientados a voltarem outro dia. 

O denunciante diz que faz tratamento há anos e chegou à unidade, por volta das 6h de segunda-feira (2). Ele garante que precisava de atendimento extra, já que a consulta está marcada somente para o dia 10 de maio e tem em seu histórico duas tentativas de suicídio. 

No local, o paciente ficou sabendo que o médico da unidade chega às 7h e sai às 9h e, quem não foi atendido, é orientado tentar de novo, mas sem garantia alguma. 

''Quem foi atendido, foi atendido, beleza. Quem não foi, volta pra casa e tenta marcar outro dia'', lamentou o paciente.

Outras pessoas em situação de urgência também deram com a cara na porta. 

''Teve uma senhora que veio de Sidrolândia, com consulta marcada antes das 9h, e não foi atendida. O filho dela estava surtado, então o descaso está muito grande'', refletiu o morador. 

Ainda conforme a reclamação, o atendimento curto e limitado a dez pacientes seria ordem da Secretaria Municipal de Saúde. A informação obtida pelo paciente é que a unidade que ele vai é a única do tipo Álcool e Drogas em funcionamento. 

''E aí fica aquela pergunta: 'se é o único CAPS AD, por que não tem médico?', sendo que é obrigatório ter ao menos um plantonista'', questionou novamente o contribuinte. 

Não procede

A Sesau explicou que a unidade em questão não tem fila, já que o atendimento é feito somente por encaminhamento e ocorre em horários programados. No entanto, cita que há pacientes que vão buscar atendimento de encaixe e, nesta modalidade, não é possível atender absorver todos os pedidos. 

O órgão de Saúde da Capital destaca que o atendimento completo e fixo nessa unidade segue regulamentação de portaria do Ministério da Saúde. Porém, existe o plantonista para atendimentos externos e casos de urgência. 

Ainda sobre a necessidade de atendimento de urgência, a Sesau explica os procedimentos: 

''Em caso de surto psiquiátrico, o procedimento é encaminhar o paciente, normalmente via SAMU, a uma unidade 24 horas, onde ele será medicado e acompanhado por uma equipe móvel da saúde mental até que haja disponibilidade de uma vaga em CAPS".

"É importante ressaltar que a paciente tem o acompanhamento necessário enquanto está aguardando a regulação, contudo não há como obrigá-la a permanecer no leito, para isso seria necessária contenção, prática adotada somente quando há riscos seja para o paciente ou para terceiros e que é, na maioria dos casos, bastante agressiva ao tratamento psíquico''. 

Sobre o paciente, a Sesau diz que ele foi re-acolhido pela unidade, já que havia abandonado o tratamento, ainda em setembro de 2020. 

No dia que foi buscar o atendimento, um profissional o atendeu e avaliou o quadro dele. No caso, não houve necessidade de atendimento de urgência, sendo assim, a consulta foi remarcada para o dia 10, que seria a data mais próxima. 

Mesmo assim, segue a Secretaria, o morador foi orientado a bscar atendimento médico em unidade 24h, caso o quadro se agravasse. 

''Vale ressaltar que todo o paciente que chega à uma unidade de atendimento psicossocial é acolhido pela equipe plantonista e avaliado o quadro, e, de acordo com esta avaliação, poderá ou não passar por atendimento médico'', finaliza a nota da Sesau. 

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