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Campo Grande

14/02/2017 16:57

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Com herança de dívidas e contas ‘sufocadas’, Marquinhos anuncia corte drástico de despesas

Apesar da boa arrecadação do IPTU, medidas para contenção de gastos atingem secretarias, servidores e diminui ainda mais os investimentos

No primeiro mês e meio de gestão como prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD) apresentou o balanço das finanças municipais e anunciou uma série de cortes para que as contas, repletas de dívidas da administração do ex-prefeito Alcides Bernal (PP), não entrem ‘no vermelho’. Ainda que a arrecadação imobiliária tenha evoluído, o dinheiro não foi suficiente para dar folga ao planejamento de 2017.

A conta ‘herdada’, avaliada em R$ 376 milhões, já teve R$ 183 milhões pagos até então, demonstra o prefeito. Entraram nos pagamentos o gasto com pessoal, 13º salário, Omep e Seleta, repasses à saúde, IMPCG, Pasep, Mirim, Solurb e outros.

Além da dívida, que não entrou na previsão de orçamento para o ano, aprovada pela Câmara de Vereadores, outro ponto que resultou na urgente contenção foi apontado como o descontrole das contas durante os últimos anos. Entre eles, a despesa com pessoal, que saltou de 54,46% para 69,57% entre 2013 e 2016.

Entre esses anos, a despesa com custeio da máquina pública se manteve praticamente estável em 25%, enquanto os investimentos caíram de 16,14% para 1,90%. A queda do ISSQN (Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza) caiu 14,63% entre 2014 e 2016, o que vai demandar a criação de um plano de fiscalização e combate à sonegação.

Cortes

Os dados foram apresentados juntamente ao secretário de Finanças e Planejamento, Pedro Pedrossian Neto, em coletiva de imprensa realizada no Paço Municipal nesta terça-feira (14). “Nada disso estava previsto, o que demanda uma economia brutal. É um quadro grave para manter as contas, com medidas que vão atingir comissionados, convocados e plantões excessivos”, pontuou o secretário.

As despesas com recursos do tesouro, orçadas em R$ 52.216.200,00 devem ser diminuídas em 13,60%. Entram no corte 10% do custeio com a educação municipal e 20% das demais secretarias. A única área a não sofrer cortes é a da saúde, afirma Marquinhos, que admite certa ‘impopularidade’ virá como consequência.

“Vamos tirar privilégios, ainda que isso possa descontentar alguns servidores, especialmente os que ganhavam acréscimos no salário, que futuramente me trariam problemas legais. Vamos administrar 2017 fazendo o ‘arroz com feijão’, mas sem aumentar impostos e taxas’, garantiu o prefeito.

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