O cantor e compositor sertanejo Luiz Souza Nascimento, 61 anos, faz um apelo para tratar a afasia, doença que compromete a capacidade de comunicação. A mazela é a mesma que fez o ator Bruce Willis encerrar a carreira, no dia 30 de março deste ano.
O artista, que mora em Maracaju, tem Afasia Secundária, que é provocada por doenças que causam lesões no cérebro, como o AVC sofrido por Luiz.
A filha do músico, Jaqueline Lopes Nascimento Lima, 38 anos, criou uma vaquinha virtual e detalhou que o acidente vascular cerebral do pai foi do tipo hemorrágico, em maio de 2021.
"... fez cirurgia e ficou 11 dias na UTI. Devido à doença, entrou em depressão, pois não pode mais fazer o que mais ama, que é cantar e compor", lamentou a filha.
Jaqueline argumenta que o pai precisa de atendimento médico de especialistas, fonoaudiólogo e fisioterapeutas. Além disso, é dependente de remédios para evitar convulsões, paradas cardíacas e hipertensão.
"As contas começaram a apertar... está cada dia mais difícil manter esses atendimentos, que pelo SUS são demorados e nem toda medicação está disponível, além de exames", descreveu a filha do cantor sertanejo raiz. Ela enviou o laudo comprovando a doença.
"Por esses motivos e para dar melhor qualidade de vida ao meu pai, decidi fazer essa vakinha e conto com a ajuda de vocês'', explicou a filha. Ela enviou um vídeo de quando o artista cantava um sucesso sertanejo.
Para acessar a vaquinha virtual, clique no link: https://www.vakinha.com.br/vaquinha/luiz-nascimento
Talento de MS, cantor tem afasia e pede ajuda no tratamento pic.twitter.com/4I7dQwSH3K
— TopMídia News (@topmidianews) April 18, 2022
Afasia
O paciente com afasia pode enfrentar problemas para ler textos, entender falas e sons, falar e escrever, segundo o Correio Braziliense.
"Temos basicamente duas áreas principais relacionadas com a linguagem. A área primária, relacionada com a parte motora, que utiliza músculos apropriados para verbalização. Outra área é da compreensão. Entre elas há uma conexão. É bem comum que pacientes com lesões nessa localização apresentam alterações na linguagem", explica o neurocirurgião Ricardo Santos de Oliveira.
Há dois tipos de afasia. A mais grave é denominada pelos médicos de primária. Ela está associada a doenças degenerativas e provoca a morte de neurônios. Neste caso, a evolução da condição é mais progressiva.
Segundo a neurologista Jane Machado de Castro, do Hospital Anchieta, em Brasília, neste tipo não há tratamento ou capacidade de recuperar o paciente mas de lidar com os desconfortos que ela produz.
"Geralmente é doença incurável, intratável e que requer tratamento multidisciplinar. Na afasia primária, um tratamento é tentar retardar os sintomas. Mas ela vai evoluir progressivamente", explica a profissional.