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Campo Grande

Comerciantes param, trancam cruzamento e protestam contra demora na obra do Reviva Centro

Eles disseram que o atraso na construção tem causado prejuízo de até 70% nas vendas

20 setembro 2018 - 14h52Por Celso Bejarano

Lojistas instalados na Rua 14 de Julho e arredores, no centro de Campo Grande, bloquearam, na tarde desta quinta-feira (20), o cruzamento da via com a Rua Dom Aquino em protesto contra o que chamam de demora na obra de revitalização da área central da cidade, programa conhecido como Reviva Centro. 

Os manifestantes disseram que, desde o início da construção, em junho passado, os comerciantes amargam um prejuízo na casa de 70% do volume antes negociado.

A obra começou em junho e a previsão é de mudar todo o panorama da via, como drenagem, pavimentação e fiação elétrica, que será subterrânea. A construção mexe na estrutura em ao menos 11 cruzamentos da 14 de Julho – da Avenida Fernando Corrêa da Costa, via onde ficava o fórum da cidade, até a Avenida Mato Grosso.

Airton Bernardino Leite Júnior, dono de imóvel na 14 de Julho, disse que a prefeitura de Campo Grande havia prometido concluir a obra por etapas. “Disseram que a cada 38 dias terminavam o trabalho de uma quadra. Ocorre que lá se foram mais de 100 dias e o que vemos na rua é só buraco, barro ou poeira”, afirmou Júnior.

Segundo ele, os comerciantes querem que os buracos abertos na rua sejam fechados ao menos no período da chuva e os trabalhos sejam retomados depois.

Ainda de acordo com Júnior, os comerciantes planejam outro manifesto, maior que o desta quinta-feira, para um dia ainda a ser combinado.

O ato que trancou o cruzamento da 14 de Julho com a Rua Dom Aquino começou no início da tarde e durou ao menos uma hora. Até agora a prefeitura ainda não se manifestou sobre o protesto.

O comércio da 14 de Julho não fechou. Clientes que por lá circulam atravessam por corredores que separam as lojas do maquinário que ficam no canteiro da obra. Como chove nos últimos dias, os operários não tiveram como trabalhar.

Resposta

Em relação ao protesto de comerciantes, a Prefeitura de Campo Grande informou que as obras do Reviva Centro são de extrema importância para o desenvolvimento da cidade já que trará impactos positivos na geração de emprego e na economia local.

Também, que os impactos da execução da construção já eram previstos e a obra foi amplamente discutida com a comunidade em mais de 50  reuniões técnicas, audiências e consultas públicas com a sociedade em geral.

Outro destaque, segundo a prefeitura, é que a obra está adiantada em relação ao cronograma de contrato. Nesta primeira etapa, a empresa buscou fazer serviços enterrados e dos que movimentam o solo, como as bases do pavimento. Porém, com o volume de chuvas acima da média, é preciso aguardar o material secar, já que se feito fora da umidade correta, o solo não responde e poderá provocar afundamento.