50 manifestantes que preparavam ato contra o Supremo Tribunal Federal, na Afonso Pena, em Campo Grande, mudaram o tom rapidamente e passaram a comemorar a revogação de liminar que permitia soltura de presos condenados em 2ª instância, dada no início da noite desta quarta-feira (19).

São membros do Movimento Brasil Livre -MS e de outros grupos de movimentos cívicos na Capital. Eles se insurgiram contra decisão do ministro Marco Aurélio Mello, proferida na manhã desta quarta, horas antes do recesso do poder judiciário.

No entanto, por volta das 18h55 (MS), o presidente da corte, Dias Toffoli, revogou a medida que já era condenada no meio judiciário.

Para os manifestantes, Marco Aurélio foi personagem de um esquema montado, cuja intenção era soltar o presidente Lula, preso em Curitiba (PR), antes do governo Bolsonaro começar.

''Foi uma cartada de última hora, um tiro de misericórdia'', avalia Juliana Gaioso Pontes, do grupo Pátria Livre.

Manifestantes foram protestar e acabaram comemorando. (Foto: Repórter Top)

Pontes revela que antes de escrever a decisão, Marco Aurélio combinou com a defesa do ex-presidente, que já estava com o pedido de soltura pronto.

''48 minutos depois eles [advogados de Lula] já estavam com a decisão pronta'', denunciou Pontes. A liderança fez questão de acrescentar ao raciocínio.

''Mas falta pouco, porque o Bolsonaro vai entrar e aí eles vão ter que respeitar''.

Mesmo com a decisão favorável, o grupo permanece na Afonso Pena pelo menos por mais uma hora.