A deputada estadual professora Gleice Jane (PT-MS) foi alvo de uma ameaça direta de morte, recebida em seu WhatsApp pessoal, na noite deste sábado (6). A mensagem, que dizia “você vai morrer”, veio acompanhada de outras intimidações e conteúdos que buscavam constranger e atacar sua atuação política.
Diante da gravidade das ameaças, a parlamentar registrou um boletim de ocorrência na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) de Dourados a 221 km de Campo Grande.
Segundo ela, os recados incluíam links e referências a perfis associados ao PL (Partido liberal) e à extrema direita, além de questionamentos misóginos sobre sua presença e postura na vida pública.
Gleice Jane afirmou que o episódio representa mais um avanço da violência política de gênero, fenômeno que tem ganhado força no país.
No domingo (7), enquanto o caso repercutia, mulheres de todo o Brasil participavam da mobilização nacional "Mulheres Vivas", que neste ano destacou o combate ao feminicídio.
Para a deputada, a coincidência entre a denúncia e o movimento evidencia o caráter estrutural da violência contra mulheres, inclusive contra aquelas que ocupam cargos públicos.
A parlamentar reuniu provas, entregou o material à Polícia Civil e o caso será investigado como ameaça e violência política de gênero. Ela reforçou que não aceitará intimidações e que seguirá atuando.
“Nenhuma mulher pode ser silenciada. Estar na política é um direito nosso”, declarou Gleice Jane, afirmando que as ameaças representam ataques diretos de setores extremistas à participação feminina na política.









