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Campo Grande

19/01/2017 11:20

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Empresa paga passagens para prefeitura e MPE suspeita de fraude em emissão de licença

Atacadista teria que reformar praça, mas acabou tendo que comprar passagens que não estariam previstas em acordo

As medidas compensatórias cobradas pela prefeitura de Campo Grande a uma empresa do ramo atacadista chamou atenção do MPE (Ministério Público Estadual), que instaurou, nesta terça-feira (18), um inquérito civil para apurar a regularidade da expedição da Guia de Diretrizes Urbanísticas 071/2015, do Termo de Compromisso 12/2015 e sua execução.

Entre os pontos suspeitos, está o pagamento de passagens para servidoras do município que não estavam previstas no acordo para execução de obras de ampliação no mercado Atacadão Distribuição, Comércio e Indústria Ltda. Conforme o MPE, o processo do Planurb (Instituto Municipal De Planejamento Urbano) está com diversas rasuras nas páginas e não segue o procedimento padrão.

Em 04 de maio de 2015, a empresa requereu a expedição de Guia de Diretrizes Urbanísticas para o Planurb, com um estudo sobre empreendimentos geradores de impacto de vizinhança. “Em análise ao Processo Administrativo nº 35643/2015-33 verifica-se que houve a exigência de medidas compensatórias da empresa Atacadão e, para sua concretização, foi firmado o Termo de Compromisso 12/2015”.

Conforme o processo, a empresa realizaria “a retirada de árvores localizadas no atual estacionamento para adequação de novas vagas” e compensaria com o depósito de R$ 110 mil para reforma da Praça localizada na área Verde A no Jardim Campo Belo, na confluência da Av. Gualter Barbosa e rua Regente João Marcondes, no Bairro Mata do Segredo, e prestaria serviços gráficos, para a impressão e publicação do Perfil Socioeconômico do Município de Campo Grande, no valor de R$68.819,75.

No entanto, não há garantias de que os serviços foram realizados e foram anexados comprovantes de pagamentos de passagens para duas servidoras da prefeitura justificados pelo “Termo de Compromisso nº12/2015”, que não estariam previstos no acordo original. Também há conflitos nas informações sobre a necessidade de compensação, que não fica clara se foi pelo impacto causado na vizinhança pela ampliação do estacionamento, como o aumento do fluxo de carros, ou pelo corte de árvores e o impacto ambiental.

O alvo do inquérito é o município e o caso será investigado pela promotora Andréia Cristina Peres da Silva, da 42ª Promotoria de Justiça da Comarca de Campo Grande/MS.

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