Quem chega ao Cemitério do Cruzeiro, em Campo Grande, continua enfrentando uma realidade incômoda: a total falta de acesso à água potável. Visitantes relatam que, durante velórios, a única fonte disponível é uma torneira usada para limpeza, improviso que não atende à necessidade de quem permanece horas no local - muitas vezes sob forte calor - e em momento de fragilidade emocional.
O bebedouro que tinha na capela do cemitério foi furtado há mais de um ano e, desde então, não houve reposição. De acordo com a própria Prefeitura de Campo Grande, três novos equipamentos foram adquiridos em 29 de setembro de 2024, por meio da Ata nº 58/2024, para atender os cemitérios São Sebastião, Santo Amaro e Santo Antônio. No entanto, apesar de terem sido recebidos pela SISEP, os bebedouros seguem sem instalação, à espera da conclusão do processo de patrimoniamento.
Enquanto o equipamento permanece parado nesta etapa burocrática há quase um ano e dois meses, famílias que vão velar seus entes queridos relatam situações de desconforto e sede. Uma visitante que acompanhava o velório de um familiar com a filha pequena afirmou que não havia qualquer opção segura para beber água, obrigando-as a recorrer à torneira do pátio.
Frequentadores reforçam que, devido ao fluxo constante de pessoas, é indispensável que o local ofereça acesso a água potável, especialmente considerando que velórios podem durar longos períodos. Para eles, a demora na instalação representa descaso com quem busca prestar homenagens e com os funcionários que trabalham diariamente no cemitério. "Se eles não têm consideração nem com os funcionários deles, imagine com o resto da cidade?!", afirma.
Apesar de a compra ter sido efetuada há quase um ano e dois meses, a Prefeitura informou que, assim que o processo de patrimoniamento for concluído, os novos bebedouros serão instalados. Até lá, visitantes seguem enfrentando uma estrutura precária e a ausência de um serviço básico.









