O professor Washington Alves Pagane fez um desabafo emocionante e revoltado sobre sua prisão durante um protesto contra a prefeita Adriane Lopes, ocorrido neste sábado (29), no Centro de Campo Grande. Em um vídeo divulgado à redação do TopMídiaNews, ele relatou as agressões e o tempo que passou preso de forma ilegal, sem ter cometido qualquer crime.
"Fiquei três horas algemado, em uma parede, preso a uma barra de ferro, sem cometer crime nenhum. Foi uma prisão ilegal", afirmou Pagane, visivelmente inconformado com o ocorrido.
Segundo o professor, o protesto, que pedia a abertura de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da saúde, foi o estopim para sua prisão. "Eu estava com uma faixa pedindo a CPI da saúde e, ao lado dela, gritava pela investigação. Isso parece ter incomodado tanto a prefeita que, pessoalmente, o secretário de segurança foi até o local e determinou que me retirassem", contou.
De acordo com Pagane, a abordagem policial foi agressiva. "Chegaram muitos policiais fortemente armados, me puxaram e, quando eu estava encostado na grade, um policial começou a desferir golpes no meu estômago, enquanto os outros cercavam para que nada fosse filmado", revelou.
A situação se complicou ainda mais quando manifestantes e testemunhas tentaram registrar as agressões. "Eles começaram a tentar prender as pessoas que estavam filmando a covardia", relatou o professor, que também mencionou que sua mãe, uma idosa de 61 anos, foi jogada ao chão durante a confusão.
Pagane também criticou a disseminação de fake news. "Estão espalhando mentiras pela cidade. Uma influencer, comissionada pela prefeitura, publicou matérias dizendo que estávamos colocando as pessoas em risco, me acusando de estar com um canivete. Isso é uma mentira, nem fui revistado", desabafou.
Ao relembrar o episódio na delegacia, Pagane afirmou: "Eu que tive que informar que estava com minha chave dentro do bolso. Eles não me revistaram, apenas queriam me agredir e me prender para acabar com o protesto". Ele também criticou a falta de resposta das autoridades, questionando a responsabilidade de órgãos como o Ministério Público e demonstrando o impacto emocional que o episódio teve em sua vida.
"Quem vai devolver a minha dignidade?", questionou, visivelmente abalado. "Eu quero saber, porque ninguém parece se importar com o que aconteceu. Agora estão criando fake news para tentar me descredibilizar, mas eu não vou ficar calado. Ninguém vai fazer nada? Isso é demais!", afirmou, com emoção.









