Enquanto idosa e mãe atípica apanhavam de seus comandados, Adriane Lopes (PP) postava sorridente imagens ao lado da vice, Camilla Nascimento, atrações natalinas e Papai Noel. Essa é a imagem pública passada pela prefeita de Campo Grande na noite deste sábado (29), marcada por protesto e violência no lançamento, ironicamente, de evento voltado para a celebração do Natal no Centro da cidade.
“A primeira noite do Natal dos Sonhos no Centro foi um Sucesso”, postou Adriane, nos stories de redes sociais, onde também é conhecida por apagar comentários e bloquear críticos. Um ambiente seguro para a prefeita.
Diferente das ruas, onde Adriane enfrentou protesto no mesmo local do ‘Natal dos Sonhos’, que teve o lançamento na noite de ontem. A reação da Segurança Pública municipal, que tem como Chefe justamente a prefeita foi imediata: prisões e agressões.
Após os protestos contra a prefeita, guardas foram flagrados agredindo e jogando ao chão a mãe atípica Elisângela Silva de Souza, 43 anos, e ainda batendo na idosa Maria Cristina Alves Zuza Franco, 61 anos. Questionada oficialmente sobre a atuação dos ‘profissionais’, a administração Adriane Lopes se recusou a responder se abriria qualquer tipo de investigação.
Ainda durante o ato, o organizador dos protestos, Washington Alves Pagane foi preso após ordem direta do secretário de Segurança de Adriane, Anderson Gonzaga, flagrado ainda xingando o cidadão. A Prefeitura não se manifestou sobre o caso, se limitando a dizer que foi ‘encontrado um canivete’ com um dos dois presos. Além de Washington, outro manifestante foi detido por gravar a atuação dos guardas municipais.
Não à toa, Adriane Lopes, em tom de brincadeira, vem sendo chamada de 'Alice de Botas', por aparentemente viver em uma realidade paralela de redes sociais.
Até o momento, a Prefeitura de Campo Grande se recusou a abrir qualquer investigação, mesmo que preliminar, sobre a atuação dos guardas municipais envolvidos na agressão às mulheres que protestavam pacificamente, direito garantido pela Constituição Federal de 1988, Lei Maior Brasileira.









