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Campo Grande

há 6 anos

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Funcionário diz que superlotação prejudica atendimento a pacientes; Hospital Regional nega

Capacidade do setor de emergência seria de 7 pacientes, mas recebeu 17 internados

Denúncia de um dos profissionais que atua no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul, em Campo Grande, dá conta de superlotação no setor de emergência da unidade. Conforme o relato, a capacidade da ala é para 7 pessoas, no entanto, no último sábado (20) havia 17 internados.
 
As fotos enviadas mostram todos os leitos ocupados e dois profissionais naquele setor. Questionado se houve prejuízo no atendimento aos doentes, o denunciante respondeu:
 
''Imagina se a sala é pra 7 [pacientes] e os funcionários são para atender  esse número  de pacientes, quando aumenta os pacientes, o número de funcionários continua o mesmo''.
 
Resposta
 
O Hospital Regional reconhece que houve lotação na unidade, mas que nenhum paciente deixou de receber o atendimento devido.


 
Regulação

Questionada sobre a capacidade do hospital estar esgotada e mesmo assim continuar recebendo pacientes da central de regulação, a SES (Secretaria Estadual de Saúde) disse que a regulação de pacientes é de responsabilidade da Secretaria Municipal de Saúde. 

Sesau 

A Sesau informou que o HR atende pacientes de Campo Grande e todas as regiões do estado. Embora a regulação seja atribuição municipal, a responsabilidade pela gestão e rotatividade dos leitos é do hospital em questão. 

A secretaria esclareceu ainda que ''os pacientes só são encaminhados pelo município ao HR quando há concordância entre ambas as partes. Ocorre que, o fluxo de atendimentos da chamada ‘demanda espontânea’, ou seja, pacientes que procuram a unidade e são atendidos sem autorização prévia da Central de Regulação, ainda é grande''.

Soluções

Para concluir, a prefeitura destacou que, ‘’a exemplo do que ocorreu na Santa Casa, onde a Sesau conseguiu reduzir em quase 50% o fluxo de atendimentos no Pronto Socorro com a implantação de uma Unidade de Acolhimento, que basicamente tem o papel de filtrar os pacientes que chegam na unidade, a expectativa é diminuir também a demanda no Hospital Regional onde uma unidade semelhante passou a funcionar no início deste mês.

(Familiar denuncia mau atendimento a idosa no HR. (Foto: André de Abreu)

Mais denúncias 

Duas filhas de uma idosa de 64 anos, que está em coma desde o dia 23 de janeiro, vítima de pneumonia, reclamam da estrutura e do atendimento do hospital. Das várias reclamações, uma é de a mãe ficou suja de vômito uma semana. 

"Eles não queriam limpar, eu pedi que me dessem um pano, que eu mesmo faria. Afinal, era a minha mãe e eu não tenho nojo. À noite, quando voltei, ela estava limpa", lembra.

Valdemar Moraes de Souza, presidente da Associação de Vítimas dos Erros Médicos de Mato Grosso do Sul, afirmou que acompanha o caso. Ele foi até a unidade e constatou que o aparelho que monitora os batimentos cardíacos da idosa estava desligado.

"Chamei a médica e ela disse que estava tudo certo, mas quando veio o enfermeiro, o aparelho estava desligado. A médica me disse que a paciente entrou em coma hoje, mas antes, para a filha dela, disse que a paciente estava dormindo, isso não pode acontecer", finalizou.

O dirigente prometeu levar o caso ao Ministério Público Estadual. O Hospital Regional, por meio de sua assessoria de imprensa, negou mau atendimento aos pacientes. 

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