Pacientes denunciaram uma situação de caos na Santa Casa em Campo Grande, com superlotação nos corredores, longas filas por cirurgias e falta até de itens básicos, como cadeiras e cobertores.

Segundo os relatos, funcionários estariam em greve, o que teria provocado um cenário descrito como “calamidade”. Uma das pessoas que procuraram a reportagem contou que o filho só foi levado ao centro cirúrgico, após a mãe “brigar” para que ele fosse atendido. O jovem tinha uma lesão grave no pé e, de acordo com o relato, foi finalmente operado na manhã desta terça-feira (9).

“Hoje estava mais lotado. Esse vídeo fiz ontem. Nem cadeira tem pra sentar”, descreveu uma das denunciantes.

Uma dona de casa de 52 anos que preferiu não se identificar afirma ter pedido cobertor para uma paciente que estava passando frio, mas ouviu que não havia nenhum disponível.

Ainda segundo os relatos, profissionais teriam afirmado que não poderiam fazer nada diante da situação. “Se dependesse deles, todos os pacientes já estariam operados”, disse.

Respostas das autoridades

A Secretaria de Estado de Saúde (SES) informou que está em dia com todas as obrigações contratuais com a Santa Casa de Campo Grande. Segundo a SES, "os valores de responsabilidade do Estado foram depositados no Fundo Municipal de Saúde no quinto dia útil, conforme previsto, assim como os valores referentes ao reajuste determinado por decisão judicial".

Por sua vez, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) alegou que tais questionamentos devem ser encaminhados ao próprio hospital, “visto que o Município apenas contratualiza os serviços prestados. Toda a gestão administrativa e financeira é do próprio hospital”.

A Santa Casa não se pronunciou até o fechamento.