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Campo Grande

05/02/2020 19:00

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Homem que bate em mulher é visto como criminoso e Casa da Mulher faz valer a lei, diz delegada

"Temos cumprido a lei Maria da Penha com rigor em Campo Grande"

Em cinco anos de existência, a Casa da Mulher Brasileira se tornou referência nacional no combate e atendimento às mulheres vítimas de violência doméstica e, segundo a delegada titular da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), Fernanda Félix, a Lei Maria da Penha é cumprida com rigor em Campo Grande.

“Algum tempo atrás, homem que batia em mulher era tratado como covarde, hoje ele é tratado como criminoso. Temos cumprido a lei Maria da Penha com rigor em Campo Grande, principalmente por sermos a primeira Capital a sediar um espaço coletivo como esse”, destacou.

A Cidade Morena recebeu a primeira das sete construídas no País e já comemora atendimento a 70 mil mulheres desde a inauguração. De acordo com a delegada, 37,295 mil boletins de ocorrência foram registrados desde o dia 3 de fevereiro de 2015 até o dia 3 deste ano.

Só em 2019, 4.849 medidas protetivas foram expedidas pela especializada. Sobre a efetividade dessas medidas, Félix destacou que, a partir do momento em que a mulher faz o pedido, ela está amparada, já que essa medida pode ter uma evolução e o agressor acabar preso.

Delegada Fernanda Félix - Foto: Wesley Ortiz

Além disso, a delegada acredita que, a partir do primeiro registro, é possível ver que a mulher quer evitar o crime de feminicídio.

O machismo, de acordo com Félix, julga a mulher que volta com seu agressor, entretanto, voltar ou não, é uma escolha da vítima enquanto ser humano que possui direitos. “E, caso ocorra novamente à agressão, estamos aqui para amparar”.

Outro ponto destacado pela profissional é com relação às denúncias, que podem ser feitas através do 180, de forma anônima. “Qualquer sinal de violência pode ser denunciado”, afirma.

Coordenadora Geral da Casa da Mulher Brasileira, Tai Loschi - Foto: Wesley Ortiz

A coordenadora Geral da Casa da Mulher Brasileira, Tai Loschi, especialista em gênero e política pública para a mulher, reforça que o local é exemplo de sucesso e recebe visitas de delegados, promotores e juízes de outras capitais.

“Nesses 17 anos de trabalho, tenho enfrentado rigorosamente a ação de agressores e copiosamente mantendo a execução da Lei Maria da Penha, que é a terceira melhor lei executada no mundo”.

Com o passar dos anos, Tai revela que pode perceber uma mudança de comportamento das mulheres, que antes chegavam machucadas e com roupas sujas de sangue.

 “Hoje qualquer difamação, ofensa física ou verbal, seja do marido, namorado ou do ex, elas não esperam a violência, elas denunciam”.

A Casa da Mulher Brasileira oferece ajuda para mulheres vítimas de violência. Quem procura a unidade encontra serviços essenciais como acolhimento e triagem, Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM), equipe multidisciplinar (psicólogas e assistentes sociais), Promotoria e Defensoria Pública e a 1ª Vara de Medidas Protetivas do País, além de abrigo de passagem, brinquedoteca, orientação ao trabalho e central de transportes.

Endereço

A Casa da Mulher Brasileira fica na Rua Brasília, no Jardim Imá, e funciona 24h por dia. Os telefones de contato são: (67) 2020-1300 ou 180.

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