Idosa de 75 anos diagnosticada com dois tumores pancreáticos enfrenta dificuldades para iniciar o tratamento oncológico no Hospital Regional, segundo relato de sua filha. Apesar de ter sido atendida rapidamente para exames iniciais, o encaminhamento para a oncologia esbarra em uma burocracia considerada "absurda" pela família.
De acordo com o relato, a Core (Central de Regulação do Estado) é responsável por fornecer vagas no Hospital Regional em Campo Grande, mas há um impasse: ao tentar agendar a primeira consulta oncológica, a família recebe informações contraditórias entre a ouvidoria do hospital e o Core. “Eles me disseram que a prioridade dela é dois, mas dois não é urgência. Tem 44 pessoas na frente dela esperando vaga, e o câncer é agressivo. Se a vaga sair tarde, ela já terá morrido”, afirma a filha.
O caso evidencia a dificuldade de acesso a tratamento oncológico para pacientes idosos e com condições graves, e levanta questionamentos sobre a capacidade do sistema de regulação em atender casos prioritários. Segundo a família, uma possível solução seria encaminhar o paciente para outra unidade, mas a regulamentação do Core limita o atendimento apenas ao Regional.
A filha, que também é técnica de enfermagem, critica o que considera descaso do sistema público de saúde: “Se o estado não tem a vaga, se o hospital não tem vaga, envia para outro hospital. A demora pode custar vidas.”
O Hospital Regional e a Core ainda não se pronunciaram sobre o caso.









