O relatório do Serviço de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública de Mato Grosso do Sul contém o nome de sete líderes dos protestos em Campo Grande, classificados pelo Tribunal Superior Eleitoral como antidemocráticos.
Essas pessoas estão acampadas ou financiando os movimentos na frente do CMO (Comando Militar do Oeste), na Avenida Duque de Caxias, há 16 dias.
Nos primeiros dias de manifesto, eles pediam golpe militar e tinham faixas escritas: “intervenção militar”, mas depois foram orientados a não levarem essas faixas e nem a comentar o nome do presidente derrotado Jair Bolsonaro (PL). Eles trocaram por “intervenção federal”.
Diante dos atos antidemocráticos na frente dos quartéis, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes, determinou que as Secretarias de Segurança Pública de todos os estados agissem, identificando e até mesmo colocando as polícias militares e civis para multar pessoas físicas e empresas por infrações.
Foram identificados sete lideranças dos eventos: a médica Sirlei Faustino Ratier, a ex-servidora da Câmara Municipal de Campo Grande Juliana Gaioso Pontes, o comerciante Julio Augusto Gomes Nunes, o agricultor Germano Francisco Bellan, o ex-prefeito de Costa Rica Waldeli dos Santos Rosa e os pecuaristas Rene Miranda Alves e Renato Nascimento Oliveira, conhecido como Renato Merem.
Trio elétrico e 151 veículos
Agentes da Sejusp identificaram, ainda, 151 veículos na localidade. Entre eles, o caminhão de som da marca Sinotruck que tem como proprietário uma empresa localizada na rua Padre Damião, bairro Universitário, na Capital.

Caminhão Munk
Um caminhão Munk, onde a bandeira do Brasil foi hasteada, é de uma empresa localizada na rua Wagner Jorge Bortorotto Garcia, Jardim Veraneiro, em Campo Grande.

O empresário responsável tem um boletim de ocorrência registrado em seu desfavor por desmatamento ilegal de área de preservação na cidade de São Gabriel do Oeste. O documento foi anexado no relatório.
Caminhões sem placas
Os donos de caminhões também tentaram burlar a identificação de seus veículos tapando as placas. No entanto, carros e seus proprietários foram identificados. Na extensa lista de 563 nomes, há pessoas físicas e empresas.







