Com a chegada da pandemia, pessoas que se encontravam em situação de rua optaram por aceitar ajuda das equipes de assistência social da prefeitura.
José Luís flores Echeverria, 20 anos, foi um dos que aceitaram a oportunidade. Agora, ele busca novas oportunidades e já faz planos para o futuro.
“Quero terminar meus estudos e conquistar um trabalho”. Este despertar para um novo começo é o objetivo principal do acolhimento. As equipes enxergaram na pandemia a oportunidade para resgatar pessoas que, em outras ocasiões, disseram que não queriam ajuda.
“Eu gostei de tudo no acolhimento. Eu me senti na minha casa. Tem refeições, tem brincadeiras, tem momento de oração na igreja e muitas conversas boas”, contou José Luís Flores.
Maria do Carmo de Oliveira, coordenadora do Centro Pop (Centro Especializado para População em Situação de Rua), explica que a principal barreira é a dependência de droga, que leva a pessoa em situação de rua a dizer não.
Das 497 abordagens realizadas, 236 não tiveram sucesso, mas a equipe não desiste. “Sempre realizamos novas abordagens. Os que aceitam acolhimento recebem material de higiene pessoal, atendimento médico e psicológico”, pontua.
A nutricionista Kelly Harasaki conta que os abrigos oferecem café da manhã, almoço, lanche da tarde e jantar. Tudo com o objetivo de despertar nas pessoas a vontade de mudar de vida.
“Seguimos rigorosamente os padrões e exigências de saúde durante esse período de pandemia. Selecionamos cada produto oferecido nos locais. Tudo é preparado com carinho e dedicação para os acolhidos”, conta a nutricionista Kelly Harasaki.
Os abrigos foram instalados em escolas municipais de Campo Grande durante o período de pandemia, mas este trabalho é realizado durante todo o ano por equipes da Secretaria de Assistência Social. As pessoas em situação de rua são encaminhadas para o Centro de Triagem do Migrante e População de Rua; Centro Dia, exclusivo para idosos, e Centro Pop. Todos com profissionais capacitados para este acolhimento com objetivo de transformar vidas.
