Maria Rodrigues da Silva, 35 anos, internada desde a última sexta-feira (28/11) para realizar uma cirurgia no dedo, relatou ter passado por uma situação de descaso por parte da equipe médica da Santa Casa de Campo Grande, que a deixou profundamente indignada.

Segundo Maria, na quarta-feira (3), ela apresentou um quadro de pressão arterial extremamente elevada, 23 por 13, e sofreu com falta de atenção da equipe de enfermagem. "Passei meia hora esperando o enfermeiro que verificou minha pressão e me falou para aguardar. Esperei mais 20 minutos, mas a medição não veio. Depois de mais de uma hora, meu marido foi até o quarto e encontrou os profissionais sentados, mexendo no celular e conversando", relatou.

Diante do mal-estar, falta de ar e formigamento nas mãos, Maria enviou uma mensagem para o SAC do hospital relatando a situação. “Mandaram um médico e uma enfermeira para o quarto, mas ela já chegou com cara de debochada. Disseram que teriam que pegar o remédio na farmácia, e que poderia esperar mais uma hora, mesmo com a pressão em 23 por 13. O médico afirmou que essa pressão não representava risco de infarto”, disse.

Ainda segundo Maria, o atendimento da enfermeira durante a tentativa de retirada do acesso venoso foi agressivo. “Ela arrancou o acesso da minha mão com bastante força. Senti-me agredida. Outro enfermeiro só veio depois de mais de meia hora para colocar outro acesso”, completou.

O caso provocou revolta na paciente e na família, que questionaram a postura da equipe diante de um quadro considerado grave. Maria continua internada na Santa Casa, ainda sem previsão de alta médica.

A reportagem entrou em contato com a direção da Santa Casa e solicitou um posicionamento sobre o caso.