Moradores do Condomínio Rui Pimentel I, localizado na Avenida Marajoara, no Jardim Centro Oeste, vivem sob intensa tensão e insegurança. Eles denunciam a prática constante de furto de energia elétrica ("gato") por parte de vizinhos da área de ocupação conhecida como Comunidade Vitória, que se instalou em um terreno na parte de trás do condomínio.
Segundo os relatos, os cabos clandestinos são conectados diretamente à rede elétrica interna do condomínio, causando sobrecarga, quedas frequentes de luz, e resultando na perda de eletrodomésticos. Além dos problemas técnicos, os condôminos afirmam que as contas de energia do residencial triplicaram."Nossa vida está sendo um inferno desde o momento que eles fizeram esses barracos. Tinha mais de 5 fios passando, foi retirado e eles estão colocando de novo," desabafa um morador que preferiu não se identificar por segurança. "Nossas contas de luz triplicaram depois desse pessoal também. Está um inferno viver desse jeito."
O clima de conflito se agravou após os moradores do condomínio se unirem para remover as ligações irregulares.
Ameaças de morte foram registradas. Um morador da comunidade teria ido até o local e ameaçado os condôminos verbalmente, afirmando que "nunca mais [quem tirou o fio] mete a mão em nada de ninguém" e que o grupo retornaria para "meter bala" no condomínio.
Outra moradora do Rui Pimentel I relatou que a invasão de propriedades para a passagem dos fios é constante. "São pessoas pulando os muros das casas para colocar esses fios, entrando, pagando gente malfeitor para fazer isso, aí a gente paga pros rapazes tirar os fios, aí eles vão lá e ameaçam a gente. Tem vídeo do cara ameaçando, falando que vai meter bala na gente. A gente tá muito desprotegido ali."
Impasse com a Concessionária e Polícia
Os moradores afirmam que já acionaram a Polícia Militar e a concessionária de energia, Energisa, mas não obtiveram solução. Segundo os relatos, a Energisa teria informado que a responsabilidade pela fiscalização e retirada das ligações dentro do perímetro do condomínio é da própria administração, apesar de ser um problema de furto e segurança pública.
"A Energisa diz que não pode fazer nada que é responsabilidade do condomínio, sendo que pagamos taxa de energia, etc.", explica um dos condôminos, que ressalta o sentimento de abandono: "Ninguém faz nada."
Os moradores reconhecem a necessidade de energia para as crianças na comunidade, e afirmam ter tentado negociar "com educação" para que os vizinhos usassem postes externos ao condomínio. No entanto, o diálogo foi recebido com hostilidade e agressividade.
