Apesar de campanha contra a doação de esmolas, o problema com usuários de drogas intimidando motoristas na região central de Campo Grande persiste e novos relatos de agressões são registrados pela polícia. 

Nas redes sociais, uma mulher conta que teve seu carro destruído por um morador de rua na noite desta terça-feira (21), em um semáforo localizado no cruzamento das avenidas Ernesto Geisel e Afonso Pena. O homem, sem motivos, teria atacado o veículo da vítima com vários socos, fato que amassou todo o automóvel.

A denunciante diz que chamou a polícia e os agentes relataram que o homem já seria um ‘velho conhecido’, sendo que não era a primeira vez que agia desta forma.

Para a vítima, os policiais ressaltaram que o suspeito é usuário de drogas e que teria problemas psiquiátricos. Ou seja, mesmo que fosse levado preso, apenas ficaria algumas horas na delegacia e voltaria para as ruas.

Em outubro, o TopMídiaNews mostrou outras denúncias de agressões cometidas por usuários de drogas que pedem esmolas nos semáforos da Capital. Eles ficam nos sinais e, quando motoristas não cooperam com algum dinheiro, alguns chegam a ficar agressivos, dizem palavras de baixo calão e até partem para agressões.

Campanha contra esmolas

Parar nos semáforos da Avenida Ernesto Geisel já virou uma ‘dor de cabeça’ para os condutores de Campo Grande. O problema fica ainda pior no período noturno, já que a presença desses usuários aumenta ainda mais durante a noite.

Tentando acabar com o problema, o prefeito Marquinhos Trad (PSD) chegou a lançar a campanha "Onde a esmola acaba, o Direito começa’’, com o objetivo de fazer com que a população não dê esmolas a pessoas em situação de rua, e assim, evitar que eles percam oportunidades de mudar de vida. A ideia é tentar barrar essas pessoas a sustentem os vícios e continuarem por mais tempo na rua.

"Pode achar que está ajudando ao próximo, só que está contribuindo para a própria morte daquela pessoa", pontuou o prefeito durante o lançamento da campanha.

Segundo o secretário municipal de Assistência Social, José Mário Antunes da Silva, hoje o município registra em torno de 350 pessoas em situação de rua em Campo Grande. "Mas esse número é sazonal". "O nosso objetivo é conscientizar a nossa população que dá esmolas, cria uma falsa esperança. Só contribuiu para que a pessoa consuma álcool e droga e faz com que ela não consiga sair desta situação de vulnerabilidade".

A prefeitura disponibiliza um número para quem quiser fazer denúncia de pessoas que vivem nas ruas da Capital. O número pode ser feito pelo Disque 100, ou pelos telefones celulares (67) 98405-9528 ou (67) 999290-8174.