Maria de Fátima Alves, 40 anos, encontrada morta às margens da BR-262, na região do anel viário de Campo Grande, em 3 de dezembro, tentava reconstruir sua vida após fugir de violência doméstica em Minas Gerais. Ela havia chegado ao Estado há cerca de três meses e frequentava o POP (Centro de Acolhimento de Desabrigados), buscando um lugar seguro para recomeçar.

Segundo testemunhas, Maria de Fátima desapareceu na tarde de 2 de dezembro, nesta terça-feira, ao sair com uma bicicleta emprestada para buscar documentos na casa de uma prima. Horas depois, foi vista entrando em um veículo HB20 de cor escura, dirigido por um homem que a polícia descreve como de estatura mediana, cabelos grisalhos e físico robusto.

As investigações da DHPP (Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa) revelaram que Maria de Fátima foi morta após flagrar entorpecentes escondidos no guarda-roupas da prima. Temendo ser denunciados, os suspeitos decidiram executá-la. A vítima foi atingida por disparo de arma de fogo na têmpora, configuração típica de execução, segundo a polícia.

Para despistar, os criminosos devolveram a bicicleta usada por Maria de Fátima e observaram quem estava à sua espera. Constatado que se tratava de pessoas em situação de rua, deram prosseguimento ao plano. O crime ocorreu por volta das 20h30 do dia 2 de dezembro, e a arma utilizada foi descartada nas proximidades.

O homem, de 41 anos, e a mulher, de 32, foram presos em flagrante pelos crimes de homicídio qualificado, tráfico de drogas e associação para o tráfico. A Polícia Civil já representou pela prisão preventiva de ambos.