Francielle Guimarães Alcântara, de 36 anos, torturada até a morte pelo marido, em Campo Grande, sofria calada diante dos filhos, que sabiam de todos os crimes, mas tinham medo de denunciar.
Segundo a delegada responsável pelo caso, Maíra Pacheco, as torturas começaram no dia 21 de dezembro, quando o acusado cortou o cabelo da vítima, como forma de punição por uma suposta traição, além de ameaçar cortar a vagina da mulher caso ela o deixasse.
Alguns dias depois, após o ano novo, as agressões reiniciaram e a mulher era levada para um quarto, onde apanhava.
Conforme depoimento, a vítima foi agredida com socos e chutes no abdômen, mas também em outras partes do corpo.
Por conta de uma agressão, um ferimento causado nas nádegas da vítima começou a inchar e apresentar secreções. Por estar sendo mantida em cárcere privado, o homem tentou "resolver" a situação, cortando o ferimento com uma gilete para retirar o pus.
Porém, pela falta de cuidados médicos adequados, a pele de Francielle passou a necrosar. Após outra discussão entre o casal, Adailton agrediu a mulher com pauladas nas nádegas, região que já estava bastante machucada.
Assim, a lesão piorou e, para retirar a pele morta, o acusado utilizou água oxigenada. Quando Francielle foi encontrada morta, não havia mais nenhuma camada de pele na região das nádegas, estando com a gordura da região totalmente exposta.
O laudo médico ainda não ficou pronto para apontar qual foi, de fato, o motivo da morte da vítima, que além da lesão nas nádegas, apresentava hematomas por todo o corpo.