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Campo Grande

há 1 mês

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'Nada passa impune': mãe de paciente estuprada por enfermeiro se diz vitoriosa com condenação

Após três anos do crime, enfermeiro acusado de estupro de paciente foi condenado a 8 anos de prisão

Nesta quinta-feira (7), o enfermeiro do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul, acusado de estupro de paciente, foi condenado a 8 anos de prisão. A sentença é um alento a vítima e a mãe dela que por três anos lutou para que a justiça fosse feita.

A condenação é uma resposta e constatação de que nada passa impune, diz mãe da vítima. Para ela, a resposta da Justiça demonstra que há leis e que elas funcionam.

Em contato com o TopMídiaNews, ela se diz pronta para colocar a face dela onde for preciso para buscar justiça pela filha e por outras vítimas. Questionada sobre o sentimento após a decisão, ela se diz vitoriosa.

"Sei que parece ser pouco diante do ato covarde que ele cometeu, mas não deixou de ser uma resposta e uma constatação que, para o resto da vida, ele será fixado como um estuprador covarde disfarçado nesse nobre e respeitado jaleco. Não importa onde passar", desabafa.

Para ela, a decisão também foi uma vitória contra "todo o corporativismo do Coren" (Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso do Sul). Ela diz que o conselho acobertou o crime do enfermeiro,

"Mesmo contra todo o corporativismo do Coren, toda passada de pano que eles deram, acobertando e protegendo um estuprador com intuito de "preservar a imagem", independente da minha dor, agora tudo caiu por terra, nada passa impune", afirma.

Além do sentimento de vitória e alívio, a sensação é de dever cumprido. "Esse homem mexeu com a mulher errada, agora ele nunca mais vai abusar de ninguém. Quero que ele saiba que, quando as grades se fecharem nas costas dele, ele terá a certeza que mexeu com a mulher errada", revela.

O caso

O enfermeiro foi condenado pela 4ª Vara Criminal de Campo Grande a oito anos e seis meses de prisão pelo crime de estupro de vulnerável. Crime aconteceu em fevereiro de 2021

A sentença foi lida no dia 1º de março, mas só foi divulgada à imprensa nesta quinta-feira (7), pois o processo correu em sigilo. Embora condenado, o profissional de saúde poderá recorrer da decisão, uma vez que já respondia ao processo em liberdade.

Em maio de 2023, ele foi absolvido durante audiência de processo disciplinar no Coren (Conselho Regional de Enfermagem). À época dos fatos, a defesa do enfermeiro alegou que só a palavra da vítima não era prova suficiente.

Durante a investigação criminal, os responsáveis pelas apurações dizem ter convicção de que o enfermeiro cometeu agressão sexual contra a paciente de 36 anos, que estava internada com Covid-19. A denúncia foi feita pela mãe da vítima, quando a filha ainda estava recebendo tratamento na ala isolada do hospital.

Conforme relatou a paciente, após ter passado mal durante a noite do dia 3 de fevereiro, tendo vômito e falta de ar, ela notou quando o profissional de enfermagem começou ir ao quarto dela, durante a madrugada, passou a apertá-la e passar a mão em seu corpo.

Em determinado momento, o profissional de saúde retornou ao leito com “óleo de girassol”, passou nos dedos e começou a abusar da vítima. Mesmo debilitada, a paciente diz ter tentado resistir ao abuso como pôde, pedindo para o homem parar e sair de cima dela, mas ele insistia em passar a mão na virilha da paciente, enquanto pedia para ela “abrir as pernas”.

O homem repetia que queria masturbar a paciente e que não era para ela resistir, se não poderia “dar problema para ele”. Após ter alta, a mulher prestou depoimento e foi à Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) para fazer o reconhecimento do agressor.

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