Balões brancos, fotos, amigos e familiares com camiseta que leva seu rosto em largo sorriso e os cabelos ruivos que não passavam despercebidos. Assim a família de Mariana Morel a homenageia no dia em que ela completaria 22 anos, neste dia 18 de março, quase cinco meses após seu falecimento.
A jovem de Campo Grande faleceu vítima de pancreatite, inflamação do pâncreas que evoluiu rapidamente. A repentina despedida chocou quem a conhecia, cheia de vitalidade e sonhos, que sempre são lembrados pelos amigos e até quem não mantinha uma relação próxima.

Mariana mantinha um canal de vídeos e perfil de fotos em que dividia dicas de moda, maquiagem e de sua rotina. Somava diversas visualizações e curtidas, especialmente um sucesso entre o público feminino adolescente.
“Ela era alegria. No velório foi muita gente, ficamos impressionados, porque o meio social dela eram as meninas mais novas, de 13 a 15 anos e que gostam de moda, não tínhamos muito contato, e tinha até um fã clube”, conta o irmão Renato Morel, de 32 anos.

A mãe e melhor amiga Silvana Morel, 48 anos, lembra que sonhava junto com a filha. “Eu amava, incentivava ela a fazer mais vídeos, a se comunicar com as meninas que a seguiam. Era referência para muitas dessas jovens, as vezes era abordada em público, pediam para tirar foto, ela ficava muito feliz”, lembra.
A vontade da jovem era viver da moda, que queria estudar, e conhecer os Estados Unidos. Por ser tão unida à família, aos 15 anos Mariana chegou a trocar a oportunidade da viagem para a Disney para passar o aniversário junto ao pai, irmão e mãe no Rio de Janeiro.
A lembrança é um dos orgulhos compartilhados sete anos depois, e que permanecem fortes entre todos que ali sentiam juntos a saudade. Seu quarto intacto e a casa cheia de fotos de tantos momentos felizes são os itens físicos que simbolizam o amor cultivado no lar.
O pai Afonso Pereira de Lira, 55 anos, que dá nome à lanchonete de mais de 30 anos em que a homenagem foi preparada, sintetiza o sentimento do dia. “Aqui é a casa onde ela viveu e vamos lembrar como ela gostaria, com alegria. Ela gostava de viver, não ia ficar feliz de ver a gente vivendo trancado, então essa é uma forma da gente lembrar sempre dela”, finaliza.
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