A prefeita Adriane Lopes (Patriota) lançou o projeto 'Todos em Ação", nesta segunda-feira (2), no bairro Itamaracá, em Campo Grande. Ela aproveitou para anunciar a implantação da primeira etapa de pavimentação asfáltica e drenagem no bairro.

 "Não estou estreando numa gestão. Estou dando continuidade", disse Adriane, que novamente agradeceu ao ex-prefeito Marquinhos Trad (PSD) [que estava presente no local] por tê-la convidado a fazer parte da chapa nas duas eleições.

Adriane disse que a pavimentação é um pedido antigo no bairro. "Vamos trabalhar assim. Com muitas ações nas regiões que mais precisam na nossa cidade", completou Adriane.

O secretário de Obras, Rudi Fioresi, disse que os recursos serão oriundos de emendas parlamentares impositivas. Ele diz que uma parte do valor de R$ 32 milhões será utilizado na obra, ainda sem data definida.

Fiorese explica que serão seis etapas para todo o asfaltamento e drenagem. Ainda não há informações sobre as ruas a serem pavimentadas. Ele crê que até janeiro de 2023 a obra já esteja licitada para início.

"Agora a gente tem que ver tecnicamente pra definir essas ruas e aí saberemos exatamente o valor estimado. Mas vai ser licitado ainda. Esse é só o primeiro passo. A prefeita anunciou essa primeira etapa, mas ainda não tem previsão de começar. Estimamos dar início após o trâmite da licitação. Lá pro final do ano, início do próximo ano."

Insatisfação 

Apesar do anúncio da pavimentação, o presidente do bairro, Wagner Pereira, não acredita no início das obras. "A população está aqui cobrando. Vai ser uma etapa e nem acreditamos que vai acontecerá. Não falaram as ruas, e nem a data para começar."

(Presidente do bairro Wagner Pereira fez reivindicações. Foto: Rayani Santa Cruz)

Isleide de olvieira, 35 anos, mora há 12 anos no Itamaracá e diz que, além das deficiências em vias da região, também falta segurança pública, e espaço de lazer e atividades para as crianças. 

"Vemos menores de 15 anos roubando. Não temos um curso voltado para esses jovens, não temos parquinho para o lazer das crianças.  Precisamos dessa atenção a criança e ao adolescente do bairro."

Mirian Osvaldo disse que mora numa rua totalmente alagada e, mesmo com a escassez de chuvas, a água do local não seca e gera problemas.

"A minha rua está ensopada, até de focos de dengue. As crianças não podem de bicicleta porque é podre o cheiro, é horrível e nós estamos esquecidos. Eu moro aqui há muitos anos, era do meu pai e da minha mãe, eles já tem mais de 50 anos de casados morando aqui. E, até hoje, não passaram o asfalto. Não temos um policiamento, um postinho de polícia aqui."