Vendedores ambulantes foram substituídos por uma empresa terceirizada para gerenciar as vendas de pipoca, algodão-doce e refrigerantes nas festividades de fim de ano na Praça Ary Coelho, em Campo Grande. Entre os afetados estão Elza e Cícero Caetano, mãe e filho, que trabalham no local há 26 anos.
Segundo relatos dos trabalhadores, os antigos comerciantes foram obrigados a deixar seus pontos, sendo substituídos por funcionários vinculados a uma empresa terceirizada. A cobrança de uma taxa de 30% sobre as vendas e o uso exclusivo de maquininhas da empresa dificultam a atuação dos ambulantes tradicionais.
"A nossa pipoca custa R$ 5, lá dentro estão vendendo por R$ 20. Tiraram a gente e colocaram outras pessoas, como se nosso trabalho de 26 anos não valesse nada", afirmou Cícero Caetano.
O episódio acontece em um momento considerado estratégico para os vendedores, que dependem do movimento das festas de fim de ano para complementar a renda.
A prefeitura, por meio da Semadur (Secretaria Municipal De Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano), justificou a medida alegando que a gestão do espaço foi concedida a terceiros, mas não detalhou se houve licitação.
Os vendedores tradicionais afirmam que têm encontrado resistência para negociar a permanência no local e relatam preocupação com o impacto econômico, já que a praça ficou fechada por quase 30 dias, reduzindo drasticamente o movimento e as vendas no centro da cidade.









