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Campo Grande

20/02/2024 17:00

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Rapaz questiona critério para doação de sangue após ser barrado duas vezes no Hemosul

Doador regular desde 2020, Fabio foi impedido de realizar a doação devido ao tempo de relacionamento com sua parceira

Fabio Magno Nunes, de 38 anos, passou por uma situação inusitada no Hemosul, em Campo Grande. Doador regular de sangue desde 2020, Fabio foi impedido de realizar sua doação por duas vezes devido a um critério pouco convencional: o tempo de relacionamento com sua parceira.

Ele relata que a primeira proibição ocorreu no dia 14 de dezembro do ano passado, após sempre doar frequentemente sem impedimento algum. O motivo seria não possuir o tempo mínimo de 12 meses em um relacionamento fixo com a parceira. Na época, Fabio namorava há 10 meses.

Fabio relata o constrangimento vivenciado nas duas ocasiões recentes ao tentar doar sangue. "Na data do dia 14 de dezembro do ano passado, eu tive no Hemosul para fazer a doação de sangue, que é de rotina. A cada três meses, eu doo sangue, inclusive ano passado eu já tinha conseguido fazer outras doações", conta.

"Na hora da última triagem, uma técnica de enfermagem me barrou por não ter pelo menos um ano fixo com minha parceira", acrescenta Fábio.

Após a primeira recusa, ele retornou ao Hemosul na semana passada, informando que completou um ano de relacionamento no dia 3 de fevereiro. No entanto, ele foi novamente barrado.

Ele chegou a reclamar na ouvidoria, mas não foi autorizado a doar sangue. Indignado, Fabio afirma que se sente constrangido pelo tratamento recebido, justamente no período do Carnaval, quando os estoques estão em baixa.

"Eles vão à televisão, convocam os doadores, a gente vai na boa vontade e eles me barram. Colocam que tem que estar acima de 50 quilos, eu tenho, estar bem de saúde, eu estou, não ter bebido nas últimas 24 horas, eu não bebo, não ter fumado, não ter usado droga, ter dormido bem, e tá alimentado, novamente cumpro todas as regras", desabafa.

Segundo ele, desde então aguarda um posicionamento da instituição após a reclamação, porém não obteve respostas. Para ele o critério adotado não deveria ser um impeditivo.

"Me senti constrangido porque nunca aconteceu isso comigo. Sempre fui consciente e segui todas as regras de doação. Eu sou tão consciente que todas às vezes, antes de doar sangue, realizo testes rápidos para doenças sexualmente transmissíveis e vou com a certeza que meu sangue é de qualidade. Minha parceira também é doadora, faz teste rápido, e só temos relações com proteção", destaca.

O doador ainda indaga se as afirmações passadas pelos doadores podem ser realmente confirmadas. Para ele, o hemocentro pune quem realmente cumpre com os critérios, enquanto aceita o sangue de muitos que não cumprem as qualificações necessárias, mas mentem no questionário.

"Será que as pessoas estão sendo sinceras? Será que realmente elas têm uma parceira fixa há mais de um ano? Eu acho que não. Infelizmente, quem anda com a verdade acaba pagando o preço pelas pessoas que não andam", conclui.

A reportagem entrou em contato com o Hemosul e recebeu a nota abaixo como resposta:

Conforme a Legislação Federal Consolidação n° 5 (vide site do Hemosul, item Legislação), o prazo de inaptidão para um novo relacionamento é de 12 meses. 

Neste momento, o doador em questão encontra-se liberado no sistema, pois quando ele esteve aqui, 7 de fevereiro, faltavam poucos dias para conclusão do prazo.

No mesmo dia o doador fez uma ouvidoria, cujo prazo para obter resposta (conforme Lei Federal) é de 20 dias. Hoje, são 13 dias da reclamação, estando dentro do prazo previsto. 

Quanto à pergunta do doador, "se os demais doadores cumprem com a verdade", não há uma resposta exata. Sinceridade, verdade, são atributos pessoais. Cabe ao Hemosul salientar o quanto é essencial a verdade, cumprindo com o seu papel enquanto instituição. 

Lembramos que caso haja qualquer problema com o sangue transfundido, fazemos a soroconversão, por código de barras, retroagimos do paciente ao doador, que é responsabilizado caso tenha omitido informações.

Salientamos o compromisso da Rede Hemosul MS com as normas legais da doação de sangue, lembrando que do outro lado, o paciente pode ser uma mãe, um pai, um filho, um amigo, que precisa da segurança em sua transfusão.

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