A Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Sectur), criada pelo prefeito Marquinhos Trad, do PSD, e comandada pela titular da pasta, Nilde Brum, lançou o Observatório de Cultura e Turismo de Campo Grande, que deverá funcionar como núcleo de inteligência com a função de fomentar e aprimorar o desenvolvimento da Cultura e do setor turístico na Capital.

No Turismo, por exemplo, Brum explica que o Observatório já iniciou um estudo para identificar quem é o turista que visita Campo Grande. No levantamento inicial, feito no mês de março, a prévia apontou que o turista que vem à Capital tem idade entre 25 a 40 anos, com renda média de dois a três salários mínimos, com tempo de permanência de três dias na cidade. "Geralmente, ele vem a trabalho", lembra a secretária.

O estudo ainda revelou além do motivo de trabalho, outros 31,8% são turistas que estão de passagem pela cidade vindo pela primeira vez, para fazer concurso na Capital. "Nós precisamos começar a pensar, o que podemos oferecer a esses turistas de lazer na cidade", comentou Brum.

Conforme os dados prévios levantados pela Sectur, 18% destes turistas são de São Paulo e 14% são do interior do Estado. O restante, 6,8% são de turistas estrangeiros. "É um número expressivo e precisamos saber qual é o motivo deles aqui e para onde vão", afirma.

Outro ponto frisado pela secretária é em relação a vocação que o município tem. A pesquisa apontou que Campo Grande tem vocação para o turismo de eventos e negócios. Por essa razão, a secretaria abriu diálogo, inclusive com a Convention Bureau de São Paulo, para tentar capitanear eventos para a cidade, uma vez, que o município está apenas uma hora de voo entre os principais centro econômicos do país, como São Paulo, Rio de Janeiro, Goiânia (GO) e Brasília (DF) e pode abrigar evento com porte de até 1,5 mil pessoas.

A pesquisa contou com a participação da rede hoteleira de Campo Grande, que enviou informações para a secretaria. "Foram 73 hotéis, destes, 58 enviaram informações. Em relação a taxa de ocupação, no mês de março foi de 56%. Mas como esse estudo está no início, nós precisamos fazer esse levantamento, para saber qual é o período de sazonalidade em Campo Grande", deste modo, será possível atrair eventos para a cidade em períodos de baixa temporada, por exemplo.

O presidente da Contur, Marcelo Mesquita, afirmou que o turismo de evento em Campo Grande tem um grande potencial "e pode se posicionar muito bem na cidade". E que ao identificar o período de sazonalidade, por ajudar o município, em outros setores, como na gastronomia. Ao final, Mesquita pediu ao prefeito Marquinhos Trad, presente no evento, que mantivesse a entusiasmo no setor, uma vez, era necessário "ter base de sustentabilidade no turismo".

Marquinhos disse que pretende fazer uma mudança profunda em todos os setores. "É de suma importância fazer um planejamento e o desenvolvimento do turismo em Campo Grande. Fazer um levantamento profundo de tudo que acontece na cidade, por exemplo, no da gastronomia. À noite, que as pessoas procuram? Qual é o público que sai e até que horas fica na rua? Quando discutíamos sobre a Uber, não sabíamos qual era o público alvo que pegava táxi, se as pessoas que moram nas Moreninhas, usavam táxi. Então, precisamos fazer um levantamento profundo, senão, tende ao fracasso".

Cultura

O Observatório também vai auxiliar à Cultura para que, a partir de maio, os artistas da Capital possam fazer o cadastro no Sistema Municipal de Informações e Indicadores Culturais (SMIIC). "Nós vamos fazer um seminário e cada artista terá a sua senha neste sistema. Lá ele poderá inclusive, disponibilizar o seu portfólio", explicou.

Além disso, a secretária afirmou que inicialmente, a prefeitura volta com as atividades culturais com o Estação Cultura, e em maio, volta com os editais e com os projetos da Noite da Seresta, e Arte nos Bairros. A Sectur ainda deverá fazer trabalhos na ExpoMS, Arraiá de Santo Antônio e Aniversário de Campo Grande.